Bárbara Bonvalot - Astrologia
  • início
  • sobre
  • consulta
  • blog
  • contos de fadas
    • a esperta filha do camponês: balança
    • a gata borralheira: virgem
    • o fato novo do imperador: leão
    • a branca de neve: caranguejo
    • o polegarzinho: gémeos
    • joão e maria: touro
    • joão de ferro: carneiro
    • a sereiazinha: peixes
    • o patinho feio: aquário
    • a bela e o monstro: capricórnio
    • o alfaiatezinho valente: sagitário
    • o capuchinho vermelho: escorpião
    • a astrologia dos contos de fadas
  • livro
  • testemunhos
  • contactos

Maternidade

22/9/2015

1 Comentário

 
Imagem
(Tema proposto no âmbito do curso Autobiografia Criativa)

A primeira coisa em que pensei quando li o tema foi em Kali, a deusa hindu. Mas, aparentemente, Kali não tem nada a ver com a maternidade. Kali é a deusa da morte e da destruição, ela mata tudo o que é mau, ruim e pernicioso para que haja espaço para o novo, o fresco e o bom. Ela é, se quisermos, um “mal necessário”. Lembro-me que quando a conheci, já não me lembro bem como, me identifiquei imediatamente com Kali. Gostei da deusa forte e poderosa que exerce o seu poder de forma radical e assertiva. Gostei da ideia da destruição que não é gratuita e cega, mas que tem o propósito de abrir espaço, de limpar. Acho que a palavra certa é “purgar”.


Mas o que é que Kali tem a ver com a maternidade? A maternidade de Kali é ao contrário, inversa à outra maternidade, ela não tem o poder da criação, o seu poder é o da destruição. Kali é toda força e não pede licença. Logo a seguir identifico a minha mãe, sempre lhe reconheci uma grande força. Mas não é a minha mãe que é Kali. A mãe Kali sou eu.

E agora ocorre-me se, com esta identificação, não estou eu também a destruir esse outro poder em mim, se não estou a eliminar as questões da maternidade, da gestação e da vivência de um feminino mais produtivo, do feminino da abundância e da fertilidade. Mas será que não posso viver os dois papéis como mulher? Ser uma força destruidora e ser uma força criadora, alternando entre estes dois estados, num constante processo de auto-renovação e auto-reinvenção.

Talvez seja esta a minha forma de dar à luz. A Morte e a Imperatriz, no Tarot. O Escorpião e o Touro, na Astrologia. E percebo que estou a dar à luz de mim própria, morrendo e renascendo, ciclicamente.

24 de Maio de 2015

1 Comentário
José Pico
8/3/2016 23:20:42

Adorei a perspectiva, penso que tudo o que existe na vida é uma dualidade, talvez uma perfeição proveniente de uma imperfeição ou talvez um duo harmonia-caos. O próprio acto de nascimento de uma criança... Uma criança supostamente símbolo da alegria e harmonia familiar, nasce de uma dor quase insuportável e caótica da própria mãe... O sofrimento dá espaço para que se crie um novo laço... Mãe-filho. Acredito também que um ser humano adulto apenas se torna completamente adulto quando destrói a ideia de pai e de mãe... Quando os seus progenitores partem de vez... Só então se corta definitivamente o cordão e se pode criar um novo "eu" um eu novo... Um começo no vazio para que possa ser novamente preenchido. A fronteira entre criação-destruição não só é tênue como também necessária... Recorrendo à simbologia numérica estudada pelos maçónicos... Eles falam do número 2 "os opostos" a dualidade e o perigo dos opostos... O medo da destruição... E como esse medo influência e trava a criação... A destruição não é um fardo, uma maldade é também uma ponte para a evolução...

Obrigado pela sua partilha

Responder

O seu comentário será publicado depois de ser aprovado.


Deixe uma resposta.

    Apoiar o meu trabalho:​

    Feed RSS

    Categorias

    Tudo
    Aprender Astrologia
    Aquário
    Balança
    Capricórnio
    Caranguejo
    Carneiro
    Eclipse
    Escorpião
    Gémeos
    Leão
    Lua Cheia
    Lua Nova
    Lunação
    Opinião
    Partilha
    Peixes
    Sagitário
    Touro
    Virgem

    Arquivo

    Maio 2024
    Fevereiro 2024
    Janeiro 2024
    Dezembro 2023
    Novembro 2023
    Outubro 2023
    Setembro 2023
    Agosto 2023
    Julho 2023
    Junho 2023
    Maio 2023
    Abril 2023
    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Agosto 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Fevereiro 2019
    Setembro 2018
    Agosto 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Agosto 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Janeiro 2016
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Agosto 2015
    Julho 2015

    Feed RSS

© 2023 Bárbara Bonvalot - Todos os direitos reservados
  • início
  • sobre
  • consulta
  • blog
  • contos de fadas
    • a esperta filha do camponês: balança
    • a gata borralheira: virgem
    • o fato novo do imperador: leão
    • a branca de neve: caranguejo
    • o polegarzinho: gémeos
    • joão e maria: touro
    • joão de ferro: carneiro
    • a sereiazinha: peixes
    • o patinho feio: aquário
    • a bela e o monstro: capricórnio
    • o alfaiatezinho valente: sagitário
    • o capuchinho vermelho: escorpião
    • a astrologia dos contos de fadas
  • livro
  • testemunhos
  • contactos