É hoje, quarta-feira, dia 31 de Janeiro, que a lunação começada em Capricórnio há duas semanas chega ao seu auge. Às 13h27 de Lisboa, 11h27 de Brasília, a Lua faz-se cheia nos 11° de Leão e veste-se de vermelho sangue num eclipse conjunto ao Nodo Norte. Do outro lado, em Aquário, estão o Sol, Vénus e o Nodo Sul. Os eclipses finalizam ciclos e abrem-nos novos caminhos, eles alteram o rumo dos acontecimentos ou marcam o momento em que uma nova direcção se torna irreversível. Se tens algum planeta ou ângulo do teu mapa natal perto dos 11° dos signos fixos, provavelmente sentirás na pele as consequências deste eclipse. Mesmo que as mudanças ainda não sejam visíveis, presta atenção ao que está a mudar aí dentro, porque em breve essa mudança estará perceptível e à vista de todos e aí já não haverá volta atrás. Na Lua Cheia os nossos condicionamentos, o nosso passado, padrões emocionais são iluminados pela consciência do Sol. A Lua em Leão procura a atenção e a admiração dos outros, tem queda para o drama, mas não gosta de fazer má figura ou de mostrar vulnerabilidades e fraquezas. O Sol em Aquário quer estar em grupo e participar do colectivo, mas quando se sente fora de contexto, desenquadrado pode assumir uma atitude de rebeldia e entrar em choque com a comunidade. Por um lado quero brilhar e ser visto, por outro, tenho medo do ridículo, de não ser aceite e de ficar à margem. Mas aquilo que me diferencia, que me torna estranho e bizarro aos olhos dos outros, é precisamente o que me distingue, o que me torna único. E a expressão da minha verdade, dos meus talentos, da minha criatividade é necessária ao mundo, é para isso que aqui estamos todos, para contribuir com a luz própria de cada um para o colectivo. É apenas o meu receio da não aceitação, da exclusão, de ficar de fora, que me inibem de expressar a minha verdade, de mostrar o meu brilho. Ao eclipsar-se, a Lua afasta também os tais condicionamentos, os medos que me impedem de mostrar quem sou. Mas mostrar-me sem máscaras e sem edição, fazer ouvir a minha voz por muito desafinada que ela possa soar, exige coragem e generosidade isso esta Lua em Leão tem de sobra. Só que agora já não é pelo aplauso, pela carência de atenção ou pelo orgulho que eu me mostro, agora mostrar a minha luz é tão simplesmente a minha única opção, o meu único caminho. O julgamento da sociedade, a discriminação, o isolamento já não me afligem, porque não é por mim que vou para o palco. Estou apenas a dar corpo a algo maior que eu, estou apenas ser o veículo da luz que trago no meu coração e que já não posso mais esconder. E é aqui que voltamos a Aquário, ao colectivo, porque afinal mostrar o meu brilho, mostrar a minha essência também pode servir a comunidade, desde que eu o faça de forma genuína e desinteressada e como expressão da minha verdade interior. Marianne Williamson fala-nos disto neste texto: “Todos nós nascemos para brilhar como as crianças. Nascemos para manifestar a Glória de Deus que está dentro de nós. Não está apenas em alguns de nós, está em todos nós. E quando permitimos que a nossa Luz brilhe, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo.” Que talento gostarias de revelar, mas não fazes por medo de parecer esquisito? Que verdade precisas que se saiba, mas não a dizes para não incomodar os outros? O que é queres dar ao mundo que é tão pessoal que tu acreditas que também seja intransmissível? Faz! Diz! Dá! Agora! Quer queiras, quer não queiras, a vida empurra-te para a frente, para um futuro maior do que este presente, um futuro onde cabe a tua esquisitice e a tua originalidade. Quer queiras, quer não queiras, a vida empurra-te para um futuro onde é necessária toda a luz que trazes no teu coração. É teu direito e teu dever partilhá-la connosco.
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Desde o dia 20 de Dezembro do ano passado, quando Saturno deixou o signo de Sagitário para regressar à sua própria casa, Capricórnio, que o clima mudou, passou a ser mais pesado, mais sério e menos leviano e optimista. Mesmo as festas foram um pouco mais sombrias para algumas pessoas, ou, pelo menos, a vontade de socializar e de nos divertirmos não esteve tão presente. Até Dezembro de 2020, Saturno vai estar no seu território a testar o nosso chão, as nossas estruturas e a nossa ambição. A próxima Lua Nova, na madrugada de quarta-feira, dia 17, às 2h17, hora de Lisboa, 00h17, hora de Brasília, é a primeira depois deste ingresso e, além do início do ciclo de lunação que representa, ela marca também o começo da estadia de Saturno no signo da cabra. A lunação começa precisamente com seis planetas em Capricórnio. Para além de Saturno, do Sol e da Lua, estão ainda Mercúrio, Vénus e Plutão. Assim, há um foco nesta energia – e na área de vida correspondente no mapa de cada um – e os seus temas estarão bastante presentes nas próximas semanas, o esforço que pomos nosso trabalho, o confronto com os nossos limites e com aqueles que a realidade nos impõe, mas também a ambição de ir mais além e a nossa capacidade de construirmos as estruturas que nos permitem chegar lá. A Lua Nova faz conjunção a Vénus e vocaciona esta lunação para as relações. Podem surgir novos relacionamentos, novas alianças ou novas parcerias de trabalho e de negócios. Por outro lado, associações que estiverem esgotadas, cansadas e que nada mais têm a oferecer a nenhuma das partes, podem chegar ao fim. Capricórnio dá o chão para construirmos os alicerces do que queremos ver perdurar, mas também é a terra que recebe no seu ventre escuro a vida que não é mais. O que nos dá solidez crescerá e o que nos tira vitalidade e saúde secará. Lua, Sol e Vénus fazem quadratura a Urano que, em Carneiro, nos incita à rebelião e a fazer revoluções. Se estivermos em situações que nos fazem sentir sufocados ou presos a uma rotina sem criatividade e sem espaço para a individualidade, esta tensão pode provocar cortes abruptos e repentinos. Mas o ambiente está eléctrico e excêntrico e pode trazer encontros inesperados com personagens ou situações insólitas e excitantes. A formar um sextil à Lua Nova e à formosa Vénus, está Marte que nos traz a força e a intensidade da paixão, necessárias para levarmos a cabo as grandes empreitadas e que cria também um ambiente de sensualidade nesta lunação. Capricórnio não é só seriedade e constrangimento, ele é um signo de Terra e conhece a sensualidade da carne e o prazer dos sentidos, ainda que desfrute deles com a discrição que cabe a quem se dá ao respeito. O aspecto harmonioso formado entre a Lua Nova e Vénus em Capricórnio e Marte em Escorpião desperta uma faceta mais emocional e passional, mas não menos focada, para o próximo mês. Marte faz conjunção a Júpiter, também em Escorpião, e quincúncio a Urano. O planeta da iniciativa e da afirmação não traz apenas a energia do impulso, ele vem acompanhado da confiança e da convicção de Júpiter, ainda que seja importante ajustar a velocidade, para não deixar que o imprevisível Urano tome conta da viagem. Saturno, que recebe Lua e Sol, e todos os outros que pisam o seu chão, está ainda perto de Mercúrio, proporcionando a disciplina e a capacidade de planeamento para a implementação das medidas que nos levarão na direcção do nosso objectivo maior. Com o que é sonhaste na lunação anterior? É isso que queres construir, concretizar e materializar este ano? Que ambição, depois de alcançada, te vai fazer sentir como se tivesses conquistado uma montanha? Se esse plano incluir uma parceria, uma relação, ou um aspecto mais social e de abertura aos outros, será ouro sobre azul. Aproveita a energia, o foco e a disciplina dos próximos quinze dias, antes da Lua Cheia de dia 31, para lançar as fundações desse projecto. Sem desculpas, sem queixas, sem funfuns nem gaitinhas… Agora é tempo de fazer, de deitar mãos ao trabalho e de deixar o suor escorrer. A felicidade constrói-se. |
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