Lua Nova: 12˚ Sagitário 21' Lisboa: 4.Dez.21, 7:42 Brasília: 4.Dez.21, 4:42 Mais sobre o eclipse: www.timeanddate.com Enquanto começo a escrever, a minha sensação sobre esta lua nova é de uma coisa desconjuntada, com várias peças separadas que não estão a funcionar em conjunto. Espero que os meus pensamentos se organizem melhor ao escrever sobre cada uma das partes deste todo aparentemente incoerente. Normalmente, as luas novas trazem a oportunidade de começos e são o momento em que lançamos ao solo as sementes que irão culminar na manifestação das nossas esperanças e dos nossos desejos. Mas esta lua nova parece-me que é mais para fechar, limpar e deixar ir. Talvez seja essa a dissonância. Os nodos lunares no eixo Gémeos / Sagitário Esta lua nova em Sagitário é intensificada com um eclipse solar. Isto acontece quando o Sol, a Lua e a Terra se alinham e a Lua fica à frente do Sol, escondendo os seus raios da Terra. Este é o último eclipse neste eixo, marcando o fim da jornada dos nodos lunares nestes signos. Em Junho de 2020, o Nodo Norte entrou em Gémeos e o Nodo Sul em Sagitário, e aconteceu o primeiro eclipse neste eixo. Desde então a nossa atenção e o foco da mudança tem estado em temas como viagens (tanto de curta como de longa distância), comunicação, aprendizagem, opiniões, conhecimento, liberdade, princípios morais e verdade. Mesmo sendo uma experiência coletiva, também a vivemos individualmente, através do filtro do nosso próprio mapa natal. O signo de Sagitário Este é o último dos signos de fogo e a sua flecha em chamas ilumina o caminho à nossa frente. Este fogo ultrapassa a natureza individual dos signos de fogo anteriores, Carneiro e Leão, e traz consigo a sua tribo para explorar o que está além. O centauro, uma criatura metade homem, metade cavalo, é tão extrovertido quanto múltiplo na sua natureza, e o seu entusiasmo não conhece limites. Uma lua nova neste signo pode significar a renovação do nosso optimismo e da nossa fé, mas as coisas não são assim tão simples. Esta lunação, e numa perspectiva mais larga, o período até o próximo eclipse em abril de 2022, tem mais a ver com o realinhamento de nossas esperanças e expectativas para as mudanças inevitáveis que se estão a tornar a nossa nova realidade. De certa forma, isto também é uma espécie de renovação. Quincúncio a Urano em Touro O aspecto mais exacto desta Lua Nova é o quincúncio com o desestabilizador maior, Urano. Um quincúncio, um ângulo de 150° entre dois pontos, é na verdade um não aspecto, pois os signos envolvidos não têm nada em comum, nem a modalidade, nem o elemento, nem mesmo a polaridade. Não há nenhum conflito ou animosidade entre eles, antes uma falta de compreensão, uma falta de noção um do outro. A nova onda de mudanças ocorrida durante a última lunação não é de todo aquilo que teríamos pedido e pode até parecer um passo para trás. A realidade não é um lugar tão bom para se estar agora e podemos querer esquecer os problemas e apenas entrar no espírito natalício. Mas isto não é uma ideia tão boa, já que lidar com os dois lados desta equação — expectativa vs. realidade — de forma dissociada apenas irá esgotar as nossas energias. É necessário um ajuste, e podemos tentar encontrar uma maneira de reconciliar a nossa fé no futuro com a instabilidade inevitável do nosso presente. Sextil a Saturno em Aquário O disciplinado Saturno presta-nos algum apoio e lembra-nos de que, independentemente do que possamos estar a passar, não estamos sozinhos. Sim, a jornada é difícil, a mudança é difícil, mas é mais difícil se nos deixarmos embriagar pelas ilusões e fantasias do que poderia ser, em vez de lidar com o que é. Saturno não vai passar um verniz na realidade e, de preferência, vai permitir-nos a ver as coisas como elas são. Com sua apetência para o autocontrole, pode até ajudar-nos conter o apetite sagitariano pela indulgência e pensar nas consequências a longo prazo, o que agradeceremos mais tarde. Mas este planeta é sobre realidade, não milagres, e o velho titã só será capaz de te ajudar na medida em que te ajudares a ti mesme. Conjunção com Mercúrio em Sagitário Mercúrio está muito perto dos luminares e isso torna esta período mais agitado, mas isso já é esperado. Neste signo, Mercúrio está longe da sua casa diurna, o signo oposto de Gémeos, e pode ser muito fácil perdermo-nos ao querer estar em todos os lugares com todas as pessoas, talvez para de alguma forma compensar o ano passado. Lembra-te de que a vida continua a seguir às Festas. Depois do Ano Novo, quando Mercúrio sair de debaixo dos raios do sol, poderemos ver, pensar e falar com mais clareza. Aproveita esta altura, os primeiros dias de 2022, para te reconectares com aqueles com quem não conseguiste estar durante as Festas e aproveita também para fazeres um balanço do ano antigo, o que perdeste e o que ganhaste. Conjunção com o Nodo Sul Esta é a última peça do puzzle que vou trazer para aqui. Como eu escrevi antes, este eclipse marca o fim dos eclipses que acontecem nos signos de Gémeos e Sagitário. E este eclipse também está em conjunção com o Nodo Sul, que traz consigo significados de limpeza e libertação. Durante cerca de um ano e meio, estivámos a abrir espaço para que coisas novas cheguem até nós na casa de Gémeos do nosso mapa, onde a Cabeça do Dragão esteve. Por outro lado, fomos limpando e deixando para trás os temas representados pelo lugar ocupado por Sagitário no nosso mapa. Este eclipse é a última chance de dizer adeus às esperanças irrealistas, crenças dogmáticas e factos alternativos. Há duas semanas já tivemos um eclipse na oposição Touro / Escorpião e, se ainda não percebemos, depressa vamos entender que não há como escapar daquilo que é. Síntese do Eclipse Solar Durante esta lunação e perto do final do ano, teremos muitos outros eventos significativos no céu, Vénus fica retrógrada, Júpiter entra em Peixes e teremos a última quadratura exacto entre Saturno e Urano. Parece-me que este mês é mais para olhar para trás do que para frente. O que aprendi eu este ano? Talvez uma pergunta ainda melhor seja: o que desaprendi eu? Que velha crença deixei para trás? Que falsas esperanças eu abandonei? Com Sagitário queremos seguir em frente, mas este mês, para seguir em frente, devemos primeiro olhar para trás e processar todas as mudanças e todas as emoções pelas quais passámos este ano. Aproveita este último mês para escrever sobre o que aconteceu na tua vida durante cada mês deste ano. Escreve sobre cada mês em dias diferentes e deixa Dezembro para o último dia do ano. Talvez consigas um melhor entendimento acerca do lugar onde estás agora. Na próxima lunação, a primeira do próximo ano, aí então olharás para o futuro.
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Lua Nova: 23° Sagitário 08’
Lisboa: 14.Dez.2020, 16h16 Brasília: 14.Dez.2020, 13h16 Mais info: timeanddate.com Aproximamo-nos do fim deste ano e estamos todos ansiosos para que venham doze meses novinhos em folha que nos ajudem a integrar toda a agitação que 2020 nos trouxe. A Lua Nova em Sagitário, que nos brinda com um eclipse solar total e acontece na tarde da próxima segunda-feira, vem com o entusiasmo e a intensidade dos inícios, mas para podermos abraçar a novidade precisamos de nos desapegar de velhos paradigmas. Sagitário é um signo de fogo, cheio de energia e de boa disposição. É mutável, gosta de se movimentar, de se aventurar por novas paisagens e precisa de saciar a sua sede de conhecimento e de verdade. Mas também pode ser dogmático nas suas certezas e tem tendência a esconder as suas vulnerabilidades com um excesso de optimismo e de confiança. Lua e Sol estão próximos do Nodo Sul, o causador do eclipse, o gerador da escuridão. Sagitário fala-nos de futuro, mas a Cauda do Dragão avisa-nos que o passado também se faz presente. Mercúrio, o planeta da informação prática e analítica, junta-se aos luminares e está numa conjunção apertada com o Nodo Sul. Em Sagitário, ele perde a sua objectividade e fica inebriado com a amplitude da sua visão e com o arrebatamento das suas convicções. O presente ainda nos pesa e nós já estamos com os olhos postos no futuro. Mas precisamos rever as nossas certezas, aquilo que acreditamos ou que deixámos de acreditar. Os eclipses trazem sempre revelações sobre os nossos impulsos mais instintivos e este vem expor crenças bem enraizadas lá no fundo do nosso inconsciente. Talvez estejamos demasiado agarradas a uma visão do que queremos da vida e precisamos largar essa expectativa para podermos avançar. Talvez possamos resgatar alguma aprendizagem antiga que nos ajuda a orientarmo-nos neste novo território. De qualquer das formas, precisamos de olhar para os valores que nos orientam e perceber se são largos o suficiente para nos acompanharem numa nova vida ou se, pelo contrário, nos encurralam em becos sem saída e sem futuro. O destemido Marte, que está em Carneiro, empresta a esta lunação uma boa dose de iniciativa de coragem. A energia dos inícios, implícita a Carneiro, e a determinação de Marte empuram-nos a abandonar velhos dogmas e a aventurarmo-nos a descobrir outras visões possíveis para a vida. Júpiter é o professor que orienta este eclipse e segue ainda em Capricórnio, signo onde se sente limitado na sua vontade de crescer. No entanto, recebe uma graça de Vénus, ela própria também num signo que lhe é desconfortável. Confortam-se um ao outro na desgraça, sabendo que está para breve o fim do seu martírio – logo a seguir à Lua Nova os dois mudam de signo e podem respirar de alívio. O próximo mês lunar é um marco importante no nosso percurso tanto colectivo como pessoal. Não só porque inclui a passagem de ano, que é sempre um momento que nos inspira mudança e renovação, mas também porque durante esta lunação Saturno e Júpiter saem de Capricórnio para entrar praticamente juntos em Aquário, deixando a companhia do sombrio e denso Plutão. Assim, as primeiras semanas deste ciclo são um prelúdio para os meses que se seguem até ao próximo eclipse, em Maio de 2021. O encontro de Júpiter e Saturno no início de Aquário marca o começo de um novo ciclo civilizacional de cerca de duzentos anos que terá como temas a informação, o trabalho em rede e a justiça social. De uma forma mais individual podemos pensar no que queremos alcançar nos próximos vinte anos e se souberes qual a área de vida que está associada a Aquário no teu mapa natal poderás ser ainda mais focada nas tuas intenções. Este ciclo de lunação começa com um eclipse solar que nos confronta com a nossa bagagem moral e com crenças do passado. Uma semana depois temos vários eventos, praticamente em simultâneo, que trazem o simbolismo de uma nova vida. No dia 21 de Dezembro o solstício de Inverno no hemisfério Norte marca o regresso da luz a esta metade do mundo; a Lua faz-se crescente e começa a ser mais luz do que sombra; e os dois planetas sociais, Júpiter e Saturno, inauguram uma nova era para a humanidade. Que convicções precisas desconstruir para poder seres mais tolerante e aberta a uma nova visão de vida? Que valores te ajudam a olhar para o futuro com confiança e optimismo? Que projecto podes começar agora que te vai fazer crescer e ajudar-te a abrir novos caminhos ao longo dos próximos anos? Nos últimos meses fomos confrontados com as nossas limitações, sociais e individuais, com a nossa resiliência e com a nossa humanidade. Em 2021 vamos testar a nossa capacidade de inovar e de nos reinventar. Precisamos de nos guiar por valores que sejam suficientemente abrangentes e consistentes para nos darem o apoio e o espaço necessários para uma esperança renovada. Hoje, sexta-feira dia 5 de Junho, a Lua Cheia em Sagitário torna-se um eclipse lunar, amplificando a as emoções, os instintos e a impulsividade da energia lunar. Este eclipse, que tem o seu ponto máximo às 20h24, hora de Lisboa, ou 16h24, hora de Brasília, não é especialmente forte e a sua energia será sobreposta pelo eclipse solar de 21 de Junho. Ainda assim, vamos ter dificuldade em conter o ímpeto da sua força nas próximas semanas. De um lado está a Lua em Sagitário, a verdade fica toldada pelas emoções e as convicções são manchadas por impulsos instintivos. Quando se soltam, as emoções desta Lua são como cavalos selvagens a galope, sem rédeas nem freio. Do outro lado está o Sol em Gémeos que nos dispersa e nos deixa perdidos no meio de tanto informação. Achamos que, porque repetimos o que lemos e o que ouvimos, compreendemos o seu significado, mas estamos a ser apenas papagaios. O que nos distingue como humanos é a nossa capacidade de entender e processar a informação, transformando-a em conhecimento. E isso, nem toda a gente sabe fazer. Perto do Sol está Vénus, a que rege as relações e as uniões, a que junta, liga e unifica. Ela ainda está retrógrada, mas já caminha para o seu esplendor como estrela da manhã, quando a sua luz fica mais masculina e agressiva. A nossa vontade é orientada para a relação e as ideias misturam-se com a expressão de afectos e de desafectos. Mas o diálogo está pesado e carregado de emoções violentas. Em tensão apertada com estes planetas está Marte em Peixes, o próprio deus da guerra, pronto para o combate, com ou sem a razão do seu lado. Marte aproxima-se também de uma conjunção com Neptuno que desfaz qualquer limite ou fronteira que se levante à sua frente. Os nossos impulsos mais agressivos e mais instintivos, que tentávamos dominar e conter, escapam da vigília do nosso consciente e manifestam-se, descontrolados e selvagens. Uma palavra mal escolhida, um gesto mal calculado ou um erro até agora tolerado, mas repetido pela enésima vez, podem ser o pavio para uma guerra aberta numa relação já sob tensão ou até mesmo para uma ligação que nunca tenha passado uma prova de fogo deste género. O conflito pode parecer inevitável e a nossa zanga pode até ser muito justa, mas o nosso arrebatamento só vai aumentar a agressividade do outro lado. Das duas uma, ou assumimos que vamos despoletar um processo que pode não ter regresso, ou precisamos de libertar essa raiva que cresce por dentro e de canalizá-la de forma produtiva para que ela não se torne destrutiva e arrasadora. Outra manifestação também possível é uma energia sexual muito forte e crua. De qualquer das formas, fazer exercício físico, qualquer que ele seja desde que nos faça transpirar, pode ajudar a descarregar a energia acumulada e a esgotar a intensidade das emoções surgem à superfície e assim neutralizar o fogo deste eclipse. Se no meio de tudo isto conseguires ter um momento de silêncio interno, faz estas perguntas, O que me deixa zangada? Que injustiças não consigo mais suportar? O que é me irrita, mas sinto que não posso/ não devo/ não consigo fazer nada acerca disso? Quero mesmo entrar nesta luta? Reconhece as emoções que surgem, valida-as e procura um escape produtivo para as descarregares ainda com mais energia e com mais intenção. Ou então, se estiveres preparada, assume o teu lado na luta, com consciência e verdade, enfrenta essa batalha e orienta o teu lado mais selvagem para um propósito maior do que tu própria. Na madrugada de segunda-feira, dia 18, às 6h30 de Lisboa, 4h30 de Brasília, Lua e Sol têm o seu último encontro do ano no signo de Sagitário. O evento tem lugar nos 26° desse território e o casal luminoso não está sozinho, a acompanhá-lo estão Vénus de um lado e Saturno do outro, a emprestarem um tom mais social e compromissado a esta festa. 2017 foi um ano de acontecimentos surpreendentes e inesperados, que nos levaram a lugares novos e não necessariamente confortáveis, pelo menos de início. O último mês veio mostrar-nos de forma inequívoca o que é que temos de deixar ir para continuarmos o nosso percurso adiante. Alguns de nós já foram integrando as aprendizagens, outros ainda estão a fazer o balanço das perdas e dos ganhos. Sagitário traduz o optimismo e a confiança de irmos mais além, de alargarmos os nossos horizontes e, ao fazê-lo, de encontrarmos a nossa verdade maior. Por isso, esta lunação é ideal para olhar para a frente, desde que o façamos sem pressas nem precipitações. Saturno, disciplinado e responsável, está conjunto a esta Lua Nova e oferece alguma seriedade a esta lunação, mas também garante alicerces fortes e resistentes para construirmos aquilo que começamos agora a visualizar. O senhor do tempo termina a sua travessia por Sagitário e, dois dias depois da Lua Nova, retorna a casa, a Capricórnio. Ele faz o último check-up às nossas crenças, ao nosso sentido de ética e à nossa bússola interna. Se não tivermos pressa e soubermos pôr o esforço necessário no que quer que seja que queremos atingir e se esse objectivo estiver alinhado com as nossas convicções mais profundas, esta conjunção assegurará a sua estabilidade a longo prazo. Também perto dos dois luminares encontra-se Vénus que em Sagitário se torna aventureira e ousada quando algo ou alguém suscita o seu interesse. Estamos mais sociais e mais virados para os outros e é possível que surja alguma situação nova e prometedora, seja ao nível dos relacionamentos pessoais, seja em parcerias de trabalho. Mas o lento Saturno, que espreita do outro lado do Sol e da Lua, e a conjunção que Vénus faz a Mercúrio retrógrado acrescentam ao optimismo desta Vénus a uma perspectiva mais pragmática e ponderada da situação. Esta Lua Nova e seus acompanhantes, Vénus e Saturno, fazem um trígono ao revolucionário Urano, marcando pela última vez um aspecto que marcou todo o ano de 2017, o trígono entre Saturno e Urano. As mudanças que temos vivido não têm que comprometer a nossa estabilidade e a nossa estrutura e esta lunação é uma última oportunidade (nos próximos tempos, pelo menos…) de integrarmos o antigo e o moderno, a tradição e a inovação, o compromisso e a autonomia. Durante esta lunação Urano pode também trazer alguns acontecimentos imprevistos e excitantes ou até pessoas diferentes daquelas do nosso círculo habitual, com quem podemos aprender novas formas de ser e de viver. Quíron também interfere com esta Lua Nova, formando um aspecto tenso. Pode ser que, ao seguirmos em frente, nos deparemos com questões que difíceis que nos causam sofrimento ou que, de alguma forma, lembram um desgosto passado. Pode ser ainda que só seguimos em frente porque alguma situação acordou uma dor que julgávamos esquecida e ultrapassada e, ao vermo-nos obrigados a lidar com ela, acabamos por fazer esse movimento adiante. Crescer muitas vezes dói e a aceitação de momentos menos felizes ou mais difíceis faz parte da maturidade. Júpiter, o dispositor da Lua Nova deste mês, está em Escorpião, onde vai transitar durante os próximos onze meses, e os temas mais obscuros e secretos vão continuar na ordem do dia. As oportunidades desta lunação podem ser potenciadas se não tivermos medo de fazer uma limpeza profunda na nossa cave psicológica. Podes ler mais sobre este tema aqui. Com esta Lua Nova podes lançar a semente de algo novo, inédito, que nos vai abrir os horizontes e levar-nos por territórios que não explorámos antes. O que é que não te atreveste a fazer até agora porque seria muito estranho ou diferente? Que esforço estás disposto a fazer para construir algo realmente novo para ti? Quanto do teu suor queres investir na tua liberdade? É tempo de assumir novos caminhos e de nos comprometermos com a nossa verdade. Com esforço e com fé, o propósito traçado agora tem as condições certas para se sustentar durante muitos e bons anos. Durante a lunação de Escorpião muita coisa que estava escondida no nosso inconsciente veio à superfície, dando-nos a oportunidade para olhar de frente os nossos medos, as nossas ilusões e a nossa verdade. Agora, com uma visão mais clara e mais definida do que se passa cá dentro, o processo de limpeza continua e nós podemos escolher que lixo queremos deitar fora e que tesouros queremos guardar. Mas é importante não confundirmos uma coisa com a outra. Na manhã de terça-feira, dia 29 de Novembro, às 12h18, hora de Portugal, e às 10h18, no Brasil, Lua e Sol juntam-se nos 7°42’ de Sagitário. O fogo da seta do arqueiro revela-nos o propósito dos processos que aconteceram na lunação anterior, de Escorpião, e inspira-nos a olhar para o futuro com optimismo e confiança. Agora, olhando para trás, para as últimas semanas, que verdades descobriste sobre ti e sobre o outro? Que crenças positivas reforçaste com essa descoberta? E que ilusões sobre ti próprio ou sobre o outro derrubaste? Com o horizonte interno mais limpo e desanuviado, é tempo de olhar para a frente e definir uma direcção. Esta Lua Nova em Sagitário faz uma quadratura com o eixo nodal, a Cabeça do Dragão em Virgem e a sua Cauda em Peixes, e ainda ao escapista Neptuno, conjunto ao Nodo Sul. Estamos com os olhos no futuro, mas este começa a parecer-nos bem diferente do que tínhamos imaginado, menos romântico e mais realista, com as falhas e os defeitos que sempre encontramos quando olhamos as coisas de perto. Talvez por isso, insistimos em nos mantermos na ilusão do passado, a ilusão de que o futuro perfeito é possível, se encontrar a pessoa perfeita, o trabalho perfeito, a casa perfeita… Se, por outro lado, os acontecimentos recentes nos provaram de forma inexorável que essa fantasia não existe, então podemos ser tentados a assumir o papel de vítima, mesmo que isso implique distorcer a realidade e lançar confusão sobre os factos. É importante manter o foco no nosso rumo e, simultaneamente, não perder de vista a realidade à nossa volta. Assim seremos capazes de expandir os nossos horizontes e teremos a clareza para distinguir a paisagem da miragem, por muito fascinante que a última nos pareça. Quem recebe esta lunação é o sábio Júpiter em Balança, dando continuidade ao tema dos relacionamentos e parcerias. O crescimento e a aprendizagem que podem ser alcançados nas próximas semanas surgem no contexto de uma relação, seja esta romântica, de amizade, profissional, ou de qualquer outra natureza, dependendo da casa onde se encontra o signo de Balança no nosso mapa. Por isto, é especialmente importante estarmos atentos ao que os outros reflectem de nós próprios, pois é nestas dinâmicas de espelho que podemos encontrar as respostas que nos levam além do que já conhecemos de nós mesmos. Júpiter faz quadratura a Plutão e ainda a Vénus, que esteve conjunta ao último no fim da semana passada. As questões de poder, de controlo e de manipulação nas relações estiveram, e ainda estão, ao rubro. No entanto, a intensidade vivida nestes dias é também uma oportunidade para olharmos para nós próprios e para o outro despidos de preconceitos, de dogmas ou de crenças limitadoras. Está na altura de deitarmos abaixo algumas verdades absolutas sobre o que deve ser um relacionamento de forma a abrirmos espaço para uma compreensão maior do outro, da relação e de nós mesmos. O anfitrião dos luminares faz ainda aspectos harmoniosos e bastante apertados com o respeitável Saturno em Sagitário e com o independente Marte em Aquário. Esta nova verdade interior deve assentar em valores sólidos e fortes convicções pessoais sem comprometer a nossa independência nem a nossa liberdade pessoal, mas mantendo sempre a abertura para a evolução de todos enquanto partes únicas de um colectivo. Por último, o aspecto mais forte desta Lua Nova é a quadratura que Vénus em Capricórnio forma com Urano em Carneiro, enquanto se afasta da conjunção a Plutão. Relações sólidas, estruturadas e duradouras podem entrar em crise e até enfrentar a ruptura se alguma das partes sentir que a sua liberdade não está a ser respeitada. Se, por outro lado, a crise já estava a ser vivida dentro do relacionamento, agora a tensão torna-se visível para fora e já não é possível manter a fachada social de segurança e estabilidade. Seja qual for o tipo de parceria e a fase da relação, é importante que cada um se respeite a si próprio como indivíduo e ser autónomo, que cada um saiba preservar a sua identidade e respeitar a identidade do outro. Compromisso não significa dependência ou rigidez e uma relação é tanto mais rica e produtiva quanto mais as diferenças de cada um contribuírem para o bem de ambos. Com a força desta Lua Nova podemos rasgar o véu da ilusão que nos mantém enleados em comportamentos e atitudes escapistas que, a longo prazo, apenas nos devolvem decepção e sofrimento. Que fantasias de perfeição eu alimento nas várias áreas da minha vida? De que forma essas fantasias me impedem de aceitar o que estou a viver no presente? Que valores meus alicerçam estas fantasias? Posso manter os valores e simultaneamente largar a fantasia? O que é que já existe na minha vida que preenche esses valores? Se soubermos olhar para lá da nossa idealização de perfeição, vamos perceber que o que buscamos afinal está aqui, no presente, bem à nossa frente. Se soubermos acreditar na vida e se confiarmos que ela sabe, melhor do que nós, o que precisamos para crescer, a nossa verdade alinha-se com a realidade do mundo e abrimos o caminho em direcção ao futuro, não aquele que idealizámos, mas aquele que é autenticamente nosso. |
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