Na madrugada do dia 26 de Dezembro, pelas 5h12 em Lisboa, 2h12 em Brasília, e ainda na esteira do Natal, tem lugar o último eclipse solar deste ano. Os eclipses solares acontecem sempre que, durante uma lua nova, a Lua se alinha perfeitamente entre a Terra e o Sol, ocultando-nos o seu brilho. Esta Lua Nova, nos 4° de Capricórnio, é por isso especialmente poderosa e os seus efeitos perduram durante os seis meses seguintes. Capricórnio é um signo de Terra, seco como as rochas da montanha e frio como o Inverno que se inicia no hemisfério norte. Esta é uma energia de controlo, de contenção e de limites. Por outro lado oferece-nos a disciplina e a ambição necessárias para concretizar grandes e duradouras obras. E este eclipse em particular vem temperado com a dose certa de entusiasmo para avançarmos com a realização dos nossos projectos. Lua e Sol estão muito próximos do gigante Júpiter. Em Capricórnio, o planeta da sorte fica limitado nas suas expectativas, mas as suas promessas ganham chão e tornam-se mais realistas e enraizadas. Se, por um lado, as possibilidades estreitam, por outro elas tornam-se concretas e tangíveis. Aproveita esta oportunidade para lançares o primeiro tijolo de uma construção que queres ver perdurar no tempo, para dar o primeiro passo de uma caminhada que se adivinha longa e exigente ou para investires no crescimento de uma obra que já tens em andamento. O que for semeado agora será abençoado com a protecção de Júpiter. Outro aspecto muito positivo que favorece este eclipse é o simpático trígono a Urano em Touro. O planeta do inesperado acrescenta um tom electrizante a esta lunação e proporciona oportunidades surpreendentes e cheias de potencial para implementarmos algo novo e diferente, que nos ofereça mais autonomia e devolva mais autenticidade às nossas vidas. Soluções inovadoras e ousadas que ainda não tinhas imaginado podem surgir de repente, dando um forte impulso aos teus planos e às tuas intenções. O experiente Saturno é o anfitrião dos luminares e encontra-se também em Capricórnio, prestando todo o seu apoio a esta lunação. Mas a sua proximidade com Plutão, o planeta da destruição, lembra-nos de que nada dura para sempre. A conjunção exacta dos dois planetas acontece durante esta lunação, mais precisamente no dia 12 de Janeiro. Mas este momento é apenas a culminação de um processo de desconstrução que já começou há cerca de dois anos, no fim de 2017. Durante os próximos meses conseguiremos distinguir mais claramente aquilo que entretanto ruiu, o que ficou de pé e qual o caminho a seguir a partir daqui. Afinal, antes de construir algo novo, precisamos deitar abaixo as velhas estruturas que já não nos sustentam. Este eclipse faz-nos um resumo claro do panorama de fundo dos nossos tempos, uma grande mudança das nossas estruturas. Na próxima Lua Cheia, que é também um eclipse, desta vez lunar, ser-nos-á mais evidente o que está a ficar para trás, o que precisamos largar ou até já ficou pelo caminho, ao mesmo tempo que a nossa nova realidade vai ganhando corpo e ficando cada vez mais concreta e mais definida. Os teus planos são fundamentados na realidade ou estão presos nas nuvens da fantasia? Que mudanças concretas vais implementar para avançares com o teu propósito? Que seguranças estás disposta a largar e que riscos estás disposta a assumir para alavancares a tua vida? Dizem que a sorte protege os audazes e esta lunação vai um pouco mais longe, favorecendo os audazes realistas, aqueles que sustentam a sua ousadia num chão firme e verdadeiro.
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