Lua Nova: 19° Gémeos 47’ Lisboa: 10.Jun.2021, 11h52 Brasília: 10.Jun.2021, 7h52 Mais info: https://www.timeanddate.com/eclipse/solar/2021-june-10 Já sentimos o ambiente a desanuviar há algum tempo, mas talvez essa sensação tenha ficado mais clara na última semana. Há poucos dias, Júpiter, que entrou em Peixes em meados de Maio, e Vénus, que iniciava a sua visita a Caranguejo, formavam um bonito trígono de água no céu. E nós apanhámos uns salpicos de tranquilidade e doçura no meio de mudanças que ás vezes parecem acontecer à velocidade da luz. A próxima Lua Nova, que é potenciada por um eclipse solar, vem carregada de confusão e sensibilidade, mas também com orientações valiosas que nos impulsionam a avançar e a viver novos começos. Signo de Gémeos O cenário desta Lua Nova é o signo de Gémeos, um signo de ar mutável, que gosta de trocar ideias e pontos de vista, versátil e disposto à mudança. No meio de tantas perspectivas, este signo prefere não se comprometer com nenhuma, ficando assim livre para mudar de lugar as vezes que lhe apetecer e de olhar o mundo de forma sempre nova e refrescante. Aqui a dificuldade é conseguir escolher, entre toda a informação acessível, o que é realmente pertinente e significativo para si próprio. A leveza e a ligeireza de Gémeos, que lhe facilitam a mobilidade, também lhe dificultam a definição, a concretização e o aprofundamento. Eclipse Solar conjunto ao Nodo Norte Eclipses são momentos dramáticos, carregados de potencial e de tensão e este, por ser um eclipse solar e por estar conjunto ao Nodo Norte, fala-nos de inícios e aponta-nos novos caminhos. Com os planetas tradicionais todos em signos de ar ou água, é fácil idealizar respostas e contemplar possibilidades. O grande desafio é sair do campo da fantasia e descer à terra para implementar as soluções entretanto imaginadas. A cabeça do dragão tem mais olhos que barriga e não podemos deixar que a ânsia de querermos seguir em todas as direcções nos faça perder o norte. Conjunção a Mercúrio retrógrado em Gémeos O inquieto Mercúrio, que está a meio da sua retrogradação, não só recebe esta Lua Nova como também tem um lugar especial bem próximo das duas luzes. Quando um planeta passa no mesmo grau do Sol diz-se que está cazimi, ou “no coração do Sol”. Nesta posição o planeta tem um acesso privilegiado ao rei e pode influenciar a sua percepção e as suas decisões. Percebemos a resposta para problemas que já nos acompanham há algum tempo, mas para os quais que ainda não tínhamos conseguido vislumbrar uma saída. Áreas da nossa vida que estavam estagnadas recebem um sopro de novidade e de frescura. Somos empurradas para avançar com projectos que estavam na gaveta há tempo demais. Claro que não vai ser possível fazer tudo o que é necessário de uma só vez, mas não esperes demasiado e começa por aquilo que estiver mais à mão. Quadratura a Neptuno em Peixes Desde Peixes, Neptuno, o planeta do escapismo e da fantasia, exerce uma influência criativa, mas também intoxicante sobre esta Lua Nova. Numa quadratura com os luminares, ele dissolve os limites do nosso entendimento e da nossa percepção, torna-nos vulneráveis e susceptíveis a todos os estímulos e acentua a dispersão já natural de Gémeos. Agradecemos a inspiração e a criatividade, mas passávamos bem sem as distrações que permanentemente nos tiram o foco e a concentração. Claro que não é possível alhearmo-nos de todas as solicitações à nossa volta, mas se conseguirmos definir prioridades e manter os nossos objectivos realistas, as sementes que lançamos agora terão mais hipóteses de vingar. Saturno quadratura a Urano Lua e Sol recebem apoio do solitário Saturno em Aquário, mas apenas de fugida, já que este aspecto se está a desfazer e já é bastante fraco. No entanto, isto não retira protagonismo ao planeta da disciplina e dos limites. A quadratura de Saturno a Urano, omnipresente durante todo o ano de 2021, tem o segundo dos seus três pontos altos poucos dias depois desta Lua Nova. A tensão entre estes dois planetas é o braço-de-ferro entre o velho e o novo, entre a ordem e o caos, entre o conservadorismo e o progresso. É difícil encontrar um equilíbrio entre estas duas forças tão contrárias e talvez a estabilidade só seja alcançada num longo processo de tentativa e erro. Não adianta demasiado planeamento porque as surpresas impedem-nos de avançar em linha recta. Vamos experimentando as ideias que surgem, sem muito apego, mas com curiosidade e sentido crítico. A descoberta do caminho já é em si uma meta. Síntese deste eclipse Os eclipses forçam-nos sempre a mão, soltam-nos do passado, fechando portas e finalizando ciclos, e atiram-nos para o futuro, abrindo oportunidades e empurrando-nos para novas paisagens. Em qualquer dos casos, o magnetismo dos eclipses recorda-nos a inevitabilidade da vida, ainda que com as suas curvas e contracurvas, com os seus altos e baixos. Em que área te sentes compelida a abrir novos caminhos? Que ideias já pipocam por aí? Quais delas são mais fáceis de testar ou mesmo de pôr já em prática? Há um ciclo que, ou já começou, ou está prestes a começar relativamente ao tema da tua vida que inclui os 19° de Gémeos. A confusão, o desassossego e a fragilidade que sentes podem turvar-te a mente e impedir-te de ver para onde estás a ir. Se puderes, faz algum exercício que te ajude a enraizar — alguma actividade física ou tarefas domésticas costumam funcionar para mim. A seguir arregaça as mangas, foca-te no que realmente importa e começa a brincar e a experimentar com as luzinhas que se acendem na tua cabeça. Com o tempo elas vão brilhar e iluminar ainda mais o teu caminho.
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Lua Nova: 23° Peixes 03’ Lisboa: 13.Mar.2021, 10h21 Brasília: 13.Mar.2021, 7h21 As últimas semanas renovaram-nos a esperança, trouxeram avanços científicos e tecnológicos e, em Portugal e noutros países, já se fala em desconfinamento. Nos últimos dias algumas situações que pareciam estar presas há algum tempo começaram a desbloquear e a encontrar resolução. Voltamos a olhar para o futuro e vamos reinventando formas de nos ligarmos uns aos outros, enquanto sentimos que a vida recupera movimento. Signo de Peixes Sábado, dia 13, logo pela manhã, Lua e Sol fundem-se nas águas infinitas e mutáveis de Peixes. O último signo do zodíaco é o mais sensível de todos e pode ter dificuldade em enraizar-se e em encontrar sentido num mundo que fica tão aquém da perfeição. Peixes tem tendência a fugir da realidade, dispersando-se em sonhos, fantasias e contemplação. Mas é também essa a sua grande dádiva, a capacidade de ligação ao lado intangível da nossa existência e que pode ser traduzida numa manifestação artística ou numa fé infinita na vida. Vénus e Neptuno em conjunção à lua nova Vénus, o planeta da beleza e da união, aproxima-se dos luminares e está ainda mais perto do elusivo Neptuno, aperfeiçoando o aspecto ainda no próprio dia da lua nova. A sensibilidade estética, a compaixão e a união a algo maior do que nós próprias são os temas desta lunação. O nosso lado mais contemplativo, artístico e sonhador é incentivado por esta energia tão etérea e tão subtil. Ao nível das relações podemos sentir uma atracção que nos foge do controlo, como se fosse um feitiço do qual não podemos nem queremos escapar. De outra forma, essa ligação pode ser vivenciada com o colectivo e sentimo-nos a afundar em emoções maiores do nós próprias. Há tendência para fugir do chão e para nos dispersarmos na fantasia. Enquanto o nosso olhar vai para o alto, para os ideais e para as infinitas possibilidades do que ainda não existe, torna-se difícil focarmo-nos no lado mais prático e nas tarefas que surgem no inevitável corrupio das demandas terrenas. Lua Nova sextil a Plutão O outro aspecto forte desta lua nova é um sextil ao superlativo Plutão. Este planeta intensifica tudo o que toca e aumenta a profundidade do sentimento, das emoções e da conexão a dimensões inconscientes, tanto internas quanto colectivas. Podem surgir lágrimas inexplicáveis, que parecem não ter uma razão lógica, mas que vêm de um lugar escondido, onde enterramos tudo o que nos é desconfortável, difícil ou ameaçador. Ainda que essas emoções transcendam a nossa esfera individual, deixar que elas nos atravessem dá-lhes um significado pessoal. Esse choro pode ser profundamente libertador, catártico e até produtivo. Júpiter em Aquário O anfitrião desta lua nova é o condescendente Júpiter, que está em Aquário, ainda sob as directrizes de Saturno. “À vontade não é à vontadinha” e, apesar de os números da pandemia estarem a descer e a vacina estar, mal ou bem, a ser administrada à população, ainda não podemos respirar de alívio. Já percebemos que não vamos voltar ao antigo “normal”, mas ainda nos é difícil aceitar os contornos que vamos vislumbrando desta nova normalidade. Com muita cautela e ainda alguma desconfiança, continuamos a atravessar esta mudança de paradigma que foi catalisada por um vírus invisível há precisamente um ano. Marte e Saturno em trígono O intrépido Marte entrou em Gémeos no início de Março e deixou para trás a tensão com Saturno, o planeta do realismo e dos limites. O atrito entre estes dois planetas esteve presente na maior parte dos últimos doze meses e traduziu-se nas limitações e constrangimentos que todas sabemos. A relação entre Marte e Saturno torna-se agora mais produtiva e construtiva, mas isto não contraria a falta de foco e a tendência para a dispersão de que falei acima. No entanto, se tivermos um objectivo claro e definido que implique inovar em alguma área da nossa vida, este é o momento para juntar informação, experimentar ideias e testar soluções. Não significa que tudo o que fizermos vá vingar, mas ficaremos a saber o que funciona e o que é para deixar para trás. Síntese da lua nova As expectativas do futuro são grandes e os sonhos ocupam-nos os dias. Mas há também espaço para experimentarmos as ideias que temos para fazer deste um mundo melhor do aquele que tínhamos antes. Que emoções são estas que te inundam? Em que relações te afogas e que relações te salvam? O que é que estás a fazer para ajudares construir um mundo em que vale a pena viver? Esta lua nova pode parecer pouco produtiva, mas é um fantástico momento para escrever poesia, compor música ou pintar uma aguarela. Estamos mais distraídas e mais desfocadas, mas partilhamos sonhos e ligamo-nos às aspirações colectivas. Aproveitemos então para sair do nosso umbigo e fazer algo pelo bem comum. Afinal, pode alguém ser feliz se outro alguém não é? Lua Nova: 23° Aquário 16’ Lisboa: 11.Fev.2021, 19h05 Brasília: 11.Fev.2021, 16h05 Os dias têm sido densos e alguns até explosivos. Nós sentimos o chão a abalar e algumas bombas rebentaram à nossa frente, real ou metaforicamente. Mas a vida continua, o trabalho continua, as responsabilidades continuam, sem complacência pelo nosso desalento ou pelo nosso cansaço. E vamos pondo um pé à frente do outro, de forma mais ou menos mecânica, desconhecendo o que nos espera lá à frente, mas sabendo que para trás já não há caminho. Lua Nova em Aquário Na próxima quinta-feira, dia 11 de Fevereiro, Lua e Sol encontram-se em Aquário, um signo de grandes contrastes. Em Aquário encontramos os que estão à margem, os que excluímos e os que se excluem, os que abandonamos do lado de fora dos muros da cidade e os que vivem numa torre de marfim acima dela. Stellium em Aquário Desde há alguns dias que quase todos os planetas, à excepção de Marte e dos transpessoais, se juntaram em assembleia neste signo, acentuando a distância e o isolamento. No entanto, a compreensão do que nos separa é, paradoxalmente, o primeiro passo para a inclusão, e Aquário é também o signo da solidariedade, da integração e da colaboração em rede. Saturno quadratura a Urano Saturno, o dono de Aquário, está confortável, no seu próprio signo e receberia os seus convidados com serenidade, não fosse a tensão com Urano em Touro. Este planeta, que é o catalisador de muitas das mudanças que estamos a viver, em braço de ferro com Saturno, deixa-o mais intransigente, autoritário e insensível. O senhor das regras e das estruturas quer agarrar-se a alguma noção de controlo e de previsibilidade e Urano provoca-o prometendo-lhe a única coisa que o tira do sério, o imponderável. Se conseguirmos olhar para este momento com curiosidade e perspectiva, em vez de resistência e inflexibilidade, podemos abrir espaço para os imprevistos e para o insólito. Aquilo que nos vem baralhar a organização pré-estabelecida também nos leva a encontrar soluções diferentes e inovadoras, e até mais simples e mais leves. Mercúrio retrógrado Quem estava quase a sair de Aquário, mas voltou atrás, porque afinal ainda há aqui trabalho a fazer, é Mercúrio, o planeta da lógica e da razão. Em movimento retrógrado, ele ajuda-nos a rever estratégias que achávamos que estavam a funcionar, mas que precisam de alguma adaptação ou renovação. De outra forma, podemos pegar em alguma ideia que tenha ficado para trás, mas que agora faz sentido revisitar e reavaliar. Vénus e Júpiter em conjunção O céu deste mês já vai clareando e começamos a vislumbrar alguns raios de sol. Os dois benéficos, Vénus e Júpiter, a princesa e o professor, a harmonia e a abundância, estão juntinhos no céu e no mesmo signo desta Lua Nova. Há um conforto e um alívio que vem da solidariedade dos pares, do apoio que encontramos quando nos juntamos em comunidade e da validação que recebemos quando descobrimos a nossa tribo. Vénus e Júpiter de mãos dadas em Aquário promovem a amizade, a cooperação e a integração, desde que tenhas a ousadia de partilhar e de te reinventar. Procura contribuir de alguma forma para um projecto, uma associação ou simplesmente no teu grupo de amigos. E é também aí que podes encontrar o apoio que precisas quando as coisas ficam mais difíceis. Síntese desta Lua Nova A perspectiva trazida pelo distanciamento de Aquário proporciona o cenário ideal para reavaliares rumos e estratégias, mas também grupos e alianças. Que plano precisa de ser revisto e repensado? Existem soluções que antes não querias contemplar, mas que agora podem fazer sentido? Quem é a tua “turma”? Qual é a tua rede de apoio? Abrindo-nos à novidade e àquilo que antes nos parecia impensável, começamos a perceber os contornos do futuro. A realidade está a mudar e nós mudamos com ela. O nosso papel no colectivo precisa de reflectir essas mudanças, dando espaço a uma sociedade onde cabem as diferenças de cada um e a solidariedade de todos. Lua Nova: 23° Capricórnio 13’ Lisboa: 13.Jan.2021, 5h00 Brasília: 13.Jan.2021, 2h00 Depois da agitação das Festas e do entusiasmo de inaugurar um novo ano, regressamos às nossas vidas com um misto de esperança e de desalento. Queremos muito que este ano nos devolva alguma noção de “normalidade”, mas sabemos que as dificuldades não vão desaparecer de repente. A primeira Lua Nova de 2021 acontece na quarta-feira, dia 13, no signo de Capricórnio, o signo da austeridade e das restrições que deu o tom ao ano anterior. Esta Lua vem carregada de tensão e de revolta, mas também traz o oportunidade de iniciarmos algo novo e diferente que se tornará muito construtivo a longo prazo. Lua e Sol estão muito próximos de Plutão, o planeta das crises e das transformações. Estamos há demasiado tempo em modo de alerta, a tentar gerir as mudanças ou a resistir-lhes. Quando estamos neste estado, tudo fica intensificado, qualquer estímulo externo ganha proporções enormes. Questões de controlo, manipulação e poder contaminam o ar e o ambiente está carregado com uma tensão latente. É verdade que o veneno também é a cura e que para limpar águas paradas precisamos antes de as agitar e trazer à superfície a sujidade. Mas será que sabemos qual a quantidade de veneno que cura e qual a que mata? Será que temos capacidade para lidar com o lodo e os metais pesados que vêm ao de cima? Na dúvida, é preferível evitar lidar com matérias perigosas. Se não tivermos outra escolha, então mergulhemos a fundo e com intenções claras e transparentes na questão em foco, mas sem ilusões de heroísmo. Em Aquário, o signo mais gélido do zodíaco, seguem o rigoroso Saturno – que rege esta lunação –, Júpiter, o professor, e o expedito Mercúrio. Muitas das mudanças repentinas que nos foram impostas no ano passado começam a ganhar um tom mais duro e inclemente. Precisamos de ser mais flexíveis e adaptáveis, mas a nova paisagem é desconhecida e agreste. Sabemos que ainda não estamos em terreno firme e temos dificuldade em confiar. Depois de seis meses em Carneiro, Marte deixou o signo que é uma das suas casas, onde ele fica fortalecido e pronto para o combate. No início desta lunação ele já segue em Touro, mas a indolência deste signo deixa-o desconfortável e faz fermentar a impulsividade do planeta vermelho. O imprevisível Urano espera-o um pouco mais à frente e o encontro dos dois deixa-nos com o pavio curto. Esta volatilidade aliada à inflexibilidade e teimosia de Touro torna os constrangimentos ainda mais difíceis de acomodar. O céu deste mês lunar é o palco para um braço de ferro que prenuncia o resto do ano. De um lado, os planetas em Aquário a acentuarem as mudanças inexoráveis. Do outro, os planetas em Touro que se sentem frustrados e se revoltam contra o inevitável. Este embate provoca mudanças de direcção abruptas e imprevisíveis. Sentimos o chão a mover-se debaixo dos nossos pés e isso pode ser assustador. Talvez se soubéssemos que que novas paisagens, mais vastas e mais favoráveis, irão surgir deste abalo, talvez então olhássemos para estes solavancos com outra serenidade. Esta lunação realça a ligação que Vénus, o planeta das relações e que acabou de entrar em Capricórnio, faz com o revolucionário Urano. Relacionamentos, amizades ou parcerias que iniciem agora ou que estejam a ser revistos precisam de ser assentes em alicerces como a seriedade, o realismo e a autonomia. Estas relações podem ser uma “tábua de salvação” durante este mês tão intenso. Além disso, têm uma grande probabilidade de se tornarem bastante férteis e inovadoras a longo prazo, desde que exista respeito mútuo e espaço para a singularidade de cada um. Durante este mês vamos estar a passar por um campo minado, sem saber muito bem onde podemos pôr os pés. Qual é o caminho em que te queres focar, mesmo que não consigas ver adiante? Tens jogo de cintura suficiente para uma mudança de direcção repentina? De que forma te podes proteger das ameaças que te rodeiam? Com quem é que podes cooperar para tornar esta viagem mais produtiva? Ainda temos alguns desafios pela frente antes que este novo ano cumpra a sua promessa de um céu mais desanuviado. Até lá, leveza no andar e firmeza no coração. E também conversei com a Mónica Teixeira sobre as Voltas da Lua, aqui. Lua Nova: 23° Sagitário 08’
Lisboa: 14.Dez.2020, 16h16 Brasília: 14.Dez.2020, 13h16 Mais info: timeanddate.com Aproximamo-nos do fim deste ano e estamos todos ansiosos para que venham doze meses novinhos em folha que nos ajudem a integrar toda a agitação que 2020 nos trouxe. A Lua Nova em Sagitário, que nos brinda com um eclipse solar total e acontece na tarde da próxima segunda-feira, vem com o entusiasmo e a intensidade dos inícios, mas para podermos abraçar a novidade precisamos de nos desapegar de velhos paradigmas. Sagitário é um signo de fogo, cheio de energia e de boa disposição. É mutável, gosta de se movimentar, de se aventurar por novas paisagens e precisa de saciar a sua sede de conhecimento e de verdade. Mas também pode ser dogmático nas suas certezas e tem tendência a esconder as suas vulnerabilidades com um excesso de optimismo e de confiança. Lua e Sol estão próximos do Nodo Sul, o causador do eclipse, o gerador da escuridão. Sagitário fala-nos de futuro, mas a Cauda do Dragão avisa-nos que o passado também se faz presente. Mercúrio, o planeta da informação prática e analítica, junta-se aos luminares e está numa conjunção apertada com o Nodo Sul. Em Sagitário, ele perde a sua objectividade e fica inebriado com a amplitude da sua visão e com o arrebatamento das suas convicções. O presente ainda nos pesa e nós já estamos com os olhos postos no futuro. Mas precisamos rever as nossas certezas, aquilo que acreditamos ou que deixámos de acreditar. Os eclipses trazem sempre revelações sobre os nossos impulsos mais instintivos e este vem expor crenças bem enraizadas lá no fundo do nosso inconsciente. Talvez estejamos demasiado agarradas a uma visão do que queremos da vida e precisamos largar essa expectativa para podermos avançar. Talvez possamos resgatar alguma aprendizagem antiga que nos ajuda a orientarmo-nos neste novo território. De qualquer das formas, precisamos de olhar para os valores que nos orientam e perceber se são largos o suficiente para nos acompanharem numa nova vida ou se, pelo contrário, nos encurralam em becos sem saída e sem futuro. O destemido Marte, que está em Carneiro, empresta a esta lunação uma boa dose de iniciativa de coragem. A energia dos inícios, implícita a Carneiro, e a determinação de Marte empuram-nos a abandonar velhos dogmas e a aventurarmo-nos a descobrir outras visões possíveis para a vida. Júpiter é o professor que orienta este eclipse e segue ainda em Capricórnio, signo onde se sente limitado na sua vontade de crescer. No entanto, recebe uma graça de Vénus, ela própria também num signo que lhe é desconfortável. Confortam-se um ao outro na desgraça, sabendo que está para breve o fim do seu martírio – logo a seguir à Lua Nova os dois mudam de signo e podem respirar de alívio. O próximo mês lunar é um marco importante no nosso percurso tanto colectivo como pessoal. Não só porque inclui a passagem de ano, que é sempre um momento que nos inspira mudança e renovação, mas também porque durante esta lunação Saturno e Júpiter saem de Capricórnio para entrar praticamente juntos em Aquário, deixando a companhia do sombrio e denso Plutão. Assim, as primeiras semanas deste ciclo são um prelúdio para os meses que se seguem até ao próximo eclipse, em Maio de 2021. O encontro de Júpiter e Saturno no início de Aquário marca o começo de um novo ciclo civilizacional de cerca de duzentos anos que terá como temas a informação, o trabalho em rede e a justiça social. De uma forma mais individual podemos pensar no que queremos alcançar nos próximos vinte anos e se souberes qual a área de vida que está associada a Aquário no teu mapa natal poderás ser ainda mais focada nas tuas intenções. Este ciclo de lunação começa com um eclipse solar que nos confronta com a nossa bagagem moral e com crenças do passado. Uma semana depois temos vários eventos, praticamente em simultâneo, que trazem o simbolismo de uma nova vida. No dia 21 de Dezembro o solstício de Inverno no hemisfério Norte marca o regresso da luz a esta metade do mundo; a Lua faz-se crescente e começa a ser mais luz do que sombra; e os dois planetas sociais, Júpiter e Saturno, inauguram uma nova era para a humanidade. Que convicções precisas desconstruir para poder seres mais tolerante e aberta a uma nova visão de vida? Que valores te ajudam a olhar para o futuro com confiança e optimismo? Que projecto podes começar agora que te vai fazer crescer e ajudar-te a abrir novos caminhos ao longo dos próximos anos? Nos últimos meses fomos confrontados com as nossas limitações, sociais e individuais, com a nossa resiliência e com a nossa humanidade. Em 2021 vamos testar a nossa capacidade de inovar e de nos reinventar. Precisamos de nos guiar por valores que sejam suficientemente abrangentes e consistentes para nos darem o apoio e o espaço necessários para uma esperança renovada. |
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