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A Aprendizagem da Luzia

por Maria da Luz
Luzia em casa sentia-se uma princesa, tinha cinco anos, todos cuidavam dela com carinho e atenção.

Permitiam-lhe cantar sempre que lhe apetecia, brincar ou cuidar dos seus animais. Podia ficar horas no jardim a observar os mistérios da Natureza, os seus sons, a sentir a presença das Fadas, dos Gnomos, dos Devas. E via a Luz de todos eles. Quando voltava para casa pegava nos lápis de cor e desenhava-os. Depois, cobria as paredes do quarto com os desenhos. Havia alegria e luz, dia e noite. Estava sempre acompanhada.

Mas Luzia também tinha deveres a cumprir, os deveres adequados à sua idade, que cumpria com agrado e, sempre, o melhor que sabia.

Assim vivia, assim passavam os dias, os anos.

Certo dia, quando tinha oito anos, aventurou-se. Decidiu sair do jardim de sua casa e caminhar numa estrada próxima. A estrada era de terra branca, macia. Para sentir a terra tirou as sandálias e caminhou descalça. Era muito agradável caminhar naquela terra diferente, com temperatura amena. Foi caminhando atenta ao que os seus pés sentiam, aos sona que ouvia.

A certa altura um som mais forte chamou a sua atenção. Foi um som desagradável. Aí parou, olhou em redor e percebeu estar longe de casa, sem orientação, sem saber para onde ir. Ficou paralisada, assustada. O som aproximava-se cada vez mais. Era um som terrível, não queria ouvir mais. Deu um salto e correu, correu, correu tanto que nem percebeu que entrou numa gruta.

Aí, na gruta, parou, observou tudo ao seu redor. Tinha muito frio, calçou as sandálias mas os pés estavam gelados. O vestido bonito de linho bordado, que no jardim era suficiente, agora era pouquíssimo para a agasalhar.

Escutou som de água. Aproximou-se. Era uma pequena cascata belíssima. Pensou que tinha o essencial, agradeceu.

Ficava cada vez mais frio. Procurou um local para descansar. Aqui, o chão era de terra negra e pedras, mas o cansaço era tanto que se recostou num canto.

Começou a ouvir outros sons, diferentes, mais abafados. Então viu vários insectos que não conhecia. Era assustador. Sentiu um arrepio, ficou atenta. O que isso significava? Seria um ser invisível?

Teve a resposta. No seu ouvido direito –“ Sou o teu Anjo, estou aqui para te proteger.”

Que alivio! Os seus olhos brilharam de alegria e esperança.

Começou a fazer perguntas ao Anjo:

– O que devo fazer?

– Quanto tempo fico aqui?

– Porque vim aqui parar?

– Quando e como vou sair e regressar a casa?

O Anjo respondeu que primeiro teira de confiar n´Ele, dormir, descansar e retomar forças. Quando acordasse Ele lhe responderia às outras questões.

Luzia relaxou, enrolou-se, confiou e adormeceu.

Abriu os olhos, já era dia. Um raio de luz entrava na gruta. E viu o seu Anjo olhando-a e sorrindo. Mentalmente Ele perguntou-lhe:  –“ Melhor agora?”

Ela respondeu: –“Estou bem, já não tenho frio. Tenho sede e fome.”

O Anjo acompanhou-a à cascata onde ela bebeu água límpida. Refrescou-se também. Depois saíram da gruta.

Que lindo dia. O céu azul, o Sol brilhava, a temperatura era agradável, toda a Natureza “trabalhava”.

Ficaram junto a uma cerejeira onde Luzia e o Anjo comeram deliciosas cerejas.

Luzia perguntou: -“ Já podes dizer-me porque vim parar aqui?”

O Anjo respondeu: -“ Precisavas passar por esta experiência para confiares na tua intuição, para confiares em mim, que estou sempres presente, para confiares que todos aqueles seres existem embora a maioria das pessoas não os veja. Agora, com esta vivência, podes começar por falar neles aos teus amiguinhos, podes desenhá-los e, podes também, contar a história do nosso encontro. Alguns acreditarão logo, outros levarão mais tempo.

Luzia estava feliz e sabia que não esqueceria este encontro tão rico.

O Anjo aconselhou-a a regressar a casa porque a família e amigos procuravam-na. Mas disse-lhe: –“ Para nos encontrarmos e conversarmos não precisas mais vir aqui ou afastares-te de casa. Basta pensares em mim que eu respondo.”

Assim, Luzia iniciou o caminho de regresso a casa confiante da presença do seu Anjo.

Quando chegou todos a abraçaram felizes por ter chegado e estar bem.

A mãe disse-lhe-“ Estás diferente, estás mais bonita”

Mas Luzia tinha um segredo que não podia contar... ainda.
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