Hoje, sexta-feira dia 5 de Junho, a Lua Cheia em Sagitário torna-se um eclipse lunar, amplificando a as emoções, os instintos e a impulsividade da energia lunar. Este eclipse, que tem o seu ponto máximo às 20h24, hora de Lisboa, ou 16h24, hora de Brasília, não é especialmente forte e a sua energia será sobreposta pelo eclipse solar de 21 de Junho. Ainda assim, vamos ter dificuldade em conter o ímpeto da sua força nas próximas semanas. De um lado está a Lua em Sagitário, a verdade fica toldada pelas emoções e as convicções são manchadas por impulsos instintivos. Quando se soltam, as emoções desta Lua são como cavalos selvagens a galope, sem rédeas nem freio. Do outro lado está o Sol em Gémeos que nos dispersa e nos deixa perdidos no meio de tanto informação. Achamos que, porque repetimos o que lemos e o que ouvimos, compreendemos o seu significado, mas estamos a ser apenas papagaios. O que nos distingue como humanos é a nossa capacidade de entender e processar a informação, transformando-a em conhecimento. E isso, nem toda a gente sabe fazer. Perto do Sol está Vénus, a que rege as relações e as uniões, a que junta, liga e unifica. Ela ainda está retrógrada, mas já caminha para o seu esplendor como estrela da manhã, quando a sua luz fica mais masculina e agressiva. A nossa vontade é orientada para a relação e as ideias misturam-se com a expressão de afectos e de desafectos. Mas o diálogo está pesado e carregado de emoções violentas. Em tensão apertada com estes planetas está Marte em Peixes, o próprio deus da guerra, pronto para o combate, com ou sem a razão do seu lado. Marte aproxima-se também de uma conjunção com Neptuno que desfaz qualquer limite ou fronteira que se levante à sua frente. Os nossos impulsos mais agressivos e mais instintivos, que tentávamos dominar e conter, escapam da vigília do nosso consciente e manifestam-se, descontrolados e selvagens. Uma palavra mal escolhida, um gesto mal calculado ou um erro até agora tolerado, mas repetido pela enésima vez, podem ser o pavio para uma guerra aberta numa relação já sob tensão ou até mesmo para uma ligação que nunca tenha passado uma prova de fogo deste género. O conflito pode parecer inevitável e a nossa zanga pode até ser muito justa, mas o nosso arrebatamento só vai aumentar a agressividade do outro lado. Das duas uma, ou assumimos que vamos despoletar um processo que pode não ter regresso, ou precisamos de libertar essa raiva que cresce por dentro e de canalizá-la de forma produtiva para que ela não se torne destrutiva e arrasadora. Outra manifestação também possível é uma energia sexual muito forte e crua. De qualquer das formas, fazer exercício físico, qualquer que ele seja desde que nos faça transpirar, pode ajudar a descarregar a energia acumulada e a esgotar a intensidade das emoções surgem à superfície e assim neutralizar o fogo deste eclipse. Se no meio de tudo isto conseguires ter um momento de silêncio interno, faz estas perguntas, O que me deixa zangada? Que injustiças não consigo mais suportar? O que é me irrita, mas sinto que não posso/ não devo/ não consigo fazer nada acerca disso? Quero mesmo entrar nesta luta? Reconhece as emoções que surgem, valida-as e procura um escape produtivo para as descarregares ainda com mais energia e com mais intenção. Ou então, se estiveres preparada, assume o teu lado na luta, com consciência e verdade, enfrenta essa batalha e orienta o teu lado mais selvagem para um propósito maior do que tu própria.
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Desde o fim do ano passado que a energia fria e seca de Capricórnio se faz sentir de forma mais óbvia nas nossas vidas. O Sol e Mercúrio vieram juntar-se a Júpiter, Saturno e Plutão neste signo, acentuando o peso e a gravidade dos tempos que correm. Esta sexta-feira, dia 10, às 19h21, horário de Lisboa, ou 16h21, hora de Brasília, a Lua torna-se cheia nos 20° de Caranguejo. Mas, com a Terra a encobrir a luz que o Sol projecta na superfície lunar, este momento é também um eclipse da Lua. Os eclipses lunares acontecem cerca de seis em seis meses e tornam o simbolismo dessa Lua Cheia especialmente poderoso e potente. Questões que começaram a ser pensadas ou preparadas seja na Lua Nova de Capricórnio, há quinze dias, ou na Lua Nova de Caranguejo, há seis meses e que também foi um eclipse, chegam agora ao seu auge, ao seu ponto de máxima visibilidade. Este eclipse é especialmente tenso. De um lado temos o Sol em Capricórnio, um signo de Terra, rígido e intransigente, mas também pragmático e competente. Mercúrio, a mente experiente e planeadora, está no coração do Sol e empresta-lhe as suas características que ficam iluminadas pela sua luz. Bem perto destes dois planetas estão também Saturno e Plutão, já conjuntos um ao outro por grau, apesar de o aspecto perfeito acontecer apenas dois dias mais tarde, dia 12. Ainda no mesmo signo, mas ainda bastante atrasado para esta reunião, está o gigante Júpiter. Do outro lado está a Lua em Caranguejo, confortável no seu próprio signo, mas quase sozinha e eclipsada a enfrentar os difíceis desafios lançados pelo grupo de pesos pesados no signo oposto. Em Peixes, Neptuno, que não conhece fronteiras e que sabe que somos apenas um oceano de gotas inseparáveis e indistiguíveis, por pouco ainda consegue apoiar a Lua com a sua capacidade de compaixão e de aceitação. A pressão que sentimos já não é novidade. Pelo menos desde há dois anos, quando Saturno entrou em Capricórnio e se juntou a Plutão que já por ali andava desde 2008, que se tornou claro a desconstrução das nossas estruturas e o teste aos nossos limites. Se antes não os conhecíamos, agora estamos a olhar para eles de frente. Alguns resistiram enquanto puderam, outros ainda nem se aperceberam que já estão virados do avesso. Também nos é mais visível o nosso poder, aquilo de que somos capazes. Às vezes subestimamo-nos, porque ainda não fomos desafiados o suficiente, não conhecemos a nossa capacidade de resistência, de perseverança, a garra que encontramos quando precisamos mesmo de seguir em frente. Durante os próximos dias e, noutra escala, durante os próximos meses vamos poder distinguir os contornos das nossas limitações e das nossas reais capacidades. Este eclipse vem aumentar a polarização e os conflitos. Os muros que nos protegem de quem nos ameaça e que, simultaneamente, nos separam e nos fazem acreditar que quem está do outro lado é diferente de nós. Mas também o sistema que se torna autoritário e autocrático e que se afasta de quem devia servir e acaba por ser atropelado pela engrenagem cega e surda. Ou ainda a tua atitude dura e intransigente para com alguém em nome de uma mágoa que não podes esquecer. Prepotência e vitimização, defesa e insegurança, opressão e fraqueza. Como podemos encontrar o equilíbrio? Como podemos saber se estamos a escolher o melhor caminho? Em Capricórnio reconhecemos os limites, aprendemos a respeitá-los e aceitamos as consequência inevitáveis de os ultrapassar. Assumimos a responsabilidade por nós mesmos e tornamo-nos adultos, respeitando as nossas capacidades assim como as nossas limitações. Estendemos este respeito aos outros e esperamos o mesmo em troca. Isto implica definir os nossos contornos também para os outros e saber dizer “não” a pesos que não conseguimos carregar, a culpas que não são nossas ou a ofensas que nos magoam. Com Caranguejo aprendemos a valorizar a nossa vulnerabilidade, as nossas fraquezas e as nossas emoções, por muito tontas ou injustificadas que pareçam. Cuidamos das nossas fragilidades e das dos outros como quem cuida de um bebé, porque somos todos bebés quando nos sentimos inseguros, cansados ou carentes. O autocuidado torna-se a estratégia de sobrevivência mais poderosa, seja para garantir que estamos bem o suficiente para podermos ajudar os outros, seja para reconhecer que estamos frágeis demais para ficarmos sozinhos e precisamos pedir ajuda. Mas os tempos são densos e às vezes não há equilíbrio possível nem existe o melhor caminho. Às vezes o conflito é inevitável e é preciso avisar os outros que os lobos estão a chegar. Se sentes que é esta a tua situação, então grita, toca a trombeta e põe essa raiva que te queima por dentro ao serviço de todos. Torna-te porta-voz de uma causa, denuncia abusos de poder, defende uma minoria. Assume a responsabilidade de transformares essa energia que te consome em algo produtivo e benéfico para ti e para o colectivo. Outras vezes o medo é avassalador e paralisa-nos. Congela a nossa respiração, o nosso sangue, as nossas emoções. Não nos queremos mexer porque entrar em acção implica sentir a angústia que nos aperta o peito e que mais parece um animal selvagem a abocanhar-nos por dentro. Se é aqui que estás, deixa-te sentir a dor e procura ajuda. Estás a precisar de alguém que te dê a mão, o ombro, o colo. Respeita o teu sofrimento e valida as tuas emoções, sem cobranças e sem pressas. Procura quem te veja, aceite a tua fragilidade e saiba ficar ao teu lado. Cuida-te e deixa que cuidem de ti. Quem tem planetas ou ângulos perto dos 20° dos signos cardinais, Carneiro, Caranguejo, Balança ou Capricórnio, está a sentir de uma forma mais pessoal e desafiante este ambiente carregado de tensão. Se tens algum ponto importante do teu mapa próximo dos 20° de Touro ou Virgem, esta pressão está a teu favor, aproveita-a para te impulsionares a alturas que até agora julgavas inalcançáveis. Conheces as tuas verdadeiras capacidades? E respeitas os teu limites? Sabes quando precisas de ajuda? Sabes como te proteger e te cuidar? Consegues tomar conta dos outros sem ser invasivo e sem te desrespeitares? Aceitas a fragilidade da vida? Vivemos momentos históricos a nível mundial, mas, também numa dimensão individual, muitos de nós estamos a passar por uma fase definidora do nosso caminho. Deixemos então que seja a nossa humanidade a construir esse caminho. Com a nossa força, a nossa vontade, a nossa fraqueza e as nossas limitações. Com todo o nosso amor. “Somos menos do que pensamos e mais do que acreditamos.” Aproxima-se o segundo eclipse deste mês, um eclipse parcial da Lua em Capricórnio, e a sensação é de que alguma coisa vai ter de ceder, não é mais possível continuar a segurar duas cordas que nos puxam em direcções opostas. Este eclipse acontece com a Lua de Cheia nos 24° de Capricórnio na terça-feira, dia 16 de Julho, e será visível em quase todo mundo, exceptuando a América do Norte e América Central, a Gronelândia, parte oriental da Rússia e o círculo polar Ártico. O seu ponto máximo será às 22h30, hora de Lisboa, 18h30, hora de Brasília e, a partir do momento em que a Lua se levantar a Oriente, será possível assistir ao impressionante espectáculo da Lua tingida de vermelho. A Lua Cheia é o momento de oposição entre o Sol e a Lua, quando as questões inconscientes e as tensões subterrâneas, semeadas ou enterradas na Lua Nova anterior. E neste mês a energia dos eclipses torna tudo mais intenso e mais relevante. As duas luzes confrontam-se e quase todos os outros planetas escolhem um dos lados. De um lado está a Lua em Capricórnio, acompanhada por Saturno e Plutão, na outra equipa estão o Sol e Vénus em Caranguejo e, logo de seguida, Mercúrio e Marte em Leão. De um lado estão o sentido de dever, de responsabilidade, a noção de regras e de pertença social, uma visão realista da vida, mas também rigidez e inflexibilidade. Do outro estão as emoções, o calor dos afectos, a fragilidade e a segurança emocional, o cuidado e a protecção, mas também a timidez e a cautela que nos impedem de seguir em frente. É necessário fazer escolhas, tomar decisões, não é possível ter “o melhor dos dois mundos”. Se estás há algum tempo a tentar seguir por dois caminhos que te levam em direcções contrárias, por esta altura já percebeste que quanto mais avanças mais esses dois caminhos divergem um do outro. Então também já percebeste que, a não ser que tenhas o dom da ubiquidade, vais ter de optar. Pode ser optar entre as obrigações de um trabalho exigente e as expectativas da vida familiar, ou entre cuidar de alguém (ou de toda a gente) e saber respeitar os próprios limites tanto físicos quanto emocionais, ou ainda entre ter uma forte autodisciplina para atingir objectivos e saber expressar as suas necessidades e emoções. Qualquer que seja o teu dilema, vais ter de escolher. Até pode ser possível a integração entre os dois pólos que parecem tão antagónicos, mas para isso será necessário olhar para cada uma das duas direcções com um olhar mais realista e mais sereno. O importante é respeitar os limites, os nossos e os dos outros, e não perder de vista os afectos, a vulnerabilidade e o autocuidado. Precisamos manter o esforço na medida certa para continuarmos a avançar em direcção às nossas metas, sem perder o foco do essencial, o amor que nos sustém. Desde a última Lua Nova, que nos trouxe um eclipse solar, sentimos a tensão a aumentar. Algumas questões vieram ao de cima e tornaram-se mais insistentes do que esperávamos, chamando a nossa atenção de uma forma cortante e a preparar-nos para o eclipse lunar que aí vem. Um eclipse lunar traz a culminação daquilo que andámos a cultivar nos últimos meses. Lembra-te da intenção que puseste na altura do eclipse solar em Aquário, a 15 de Fevereiro último. Pensa no que fizeste entretanto para alcançar o teu objectivo e percebe se chegaste lá ou se, pelo contrário, ele se tornou um obstáculo. De uma forma ou de outra, agora é tempo de fechar um ciclo. Amanhã, sexta-feira, 27 de Julho, chegamos à Lua Cheia deste ciclo. Às 21h21, hora de Lisboa, e 17h21, hora de Brasília, Lua e Sol ficam frente a frente, a primeira aos 4° de Aquário e o segundo aos 4° de Leão, por isso este eclipse afecta especialmente aqueles que têm algum planeta ou ângulo no início dos signos fixos, Touro, Leão, Escorpião ou Aquário. Neste confronto, a Lua alinha-se perfeitamente atrás da Terra e, com a luz do Sol tapada pelo nosso planeta, a superfície lunar ganha uma cor avermelhada e densa e por isso se diz de sangue. Este será o eclipse lunar mais longo do século, com quase duas horas só de eclipse total, e esta Lua sangrante será visível em Portugal a partir do momento em que nascer no horizonte, às 20h47, e na metade oriental do Brasil a partir das 18h. Aquário é um signo que preza a independência e a originalidade, mas também tem tendência a chocar os outros com atitudes divergentes e radicais. Aqui a Lua torna-se distante e imprevisível, afasta-se porque se sente discriminada e para alcançar a segurança precisa de se libertar das convenções e das regras sociais. Bem próximo da Lua, a menos de um grau, está o impetuoso Marte a trazer-lhe uma grande dose de reactividade. Há já algum tempo que Marte forma uma quadratura com Urano que está no início de Touro. A primeira vez foi no meio de Maio, quando o planeta vermelho entrou em Aquário, e agora novamente nos últimos dias, em movimento retrógrado, quase a voltar a Capricórnio. O ambiente está carregado e nós andamos irritáveis, com a paciência de um gato assanhado e, de vez em quando, as faíscas saltam. A precipitação e os gatilhos inesperados provocam acidentes – um dia é um corte num dedo, outro dia uma torrada que deixamos queimar e, se tivermos sorte, os acidentes ficam por aqui… Um eclipse já é por si só um momento de inquietação, perdemos a luz e ficamos entregues à nossa própria escuridão. Com a proximidade de Marte, que arrasta consigo a tensão com Urano, o clima de ansiedade e a sensação de perigo iminente aumenta. De um lado estão a Lua e Marte em aspecto tenso a Urano. Os nossos instintos de protecção estão acesos e disparam à menor percepção de ameaça. Queremos libertar-nos do que nos limita o crescimento, há cortes a fazer, mas é importante avaliar as consequências antes de avançar com algum tipo de resposta. Marte está retrógrado nos céus e a acção fica virada para dentro, o movimento é mais interno e privado do que propriamente para fora ou visível para o grupo. Agora as decisões ficam ainda dentro de nós e os passos são dados para trás para ganhar o impulso necessário, e só depois, daqui a um mês, quando Marte regressar ao andamento directo, poderemos avançar com as nossas resoluções em segurança. Perto do grau do eclipse está sempre um dos Nodos e desta vez, muito perto, é o Nodo Sul, a Cauda do Dragão, que aponta as experiências já adquiridas, o território conhecido. Podes ter recebido algumas “visitas” do passado para te lembrares do que ainda precisas libertar-te. A sensação de isolamento e de rejeição em relação aos grupos, de não ter espaço para expressarmos quem somos acorda em nós uma grande revolta. Isto acontece com pessoas e situações externas, mas também com os nossos preconceitos e outras construções emocionais e mentais que levantámos para nos protegermos. Olhando para essa revolta, para essa força que cresce dentro de nós, como podemos usá-la de forma construtiva e benéfica para todos? Vamos à outra polaridade do eixo, onde estão o Nodo Norte e o Sol, ao signo de Leão. Aqui encontramos a honra, o orgulho e a genuinidade. Precisamos de pôr brio na nossa rebeldia, coragem na nossa diferença e coração na nossa desobediência. Precisamos ser nós próprios a reconhecer o nosso brilho, romper com os nossos medos e com os mecanismos de auto-protecção que criámos e que nos afastam dos outros. Precisamos ter a coragem de mostrar quem somos. Para já, estamos todos em modo selvagem, com os instintos afiados e prontos a saltar à menor provocação. Este eclipse é o auge deste período bastante intenso e desafiante, mas também vem com a dose certa de audácia para fazermos deste momento um ponto de viragem nas nossas vidas. O segredo é não encarar nenhum desafio ou afronta de forma pessoal, não responder a nenhum tipo de provocação e cultivar a paciência, a introspecção e, acima de tudo, o amor próprio. Mantém os dois pés no chão para não seres arrastado pelo vendaval, o coração aberto para poderes ver bem o teu brilho e o dos outros e ousa largar tudo o que compromete a tua verdadeira luz. Com o próximo eclipse solar daqui a quinze dias, fecha esta estação de eclipses e nós continuaremos as nossas vidas com o coração mais aberto, mais leve e mais luminoso. É hoje, quarta-feira, dia 31 de Janeiro, que a lunação começada em Capricórnio há duas semanas chega ao seu auge. Às 13h27 de Lisboa, 11h27 de Brasília, a Lua faz-se cheia nos 11° de Leão e veste-se de vermelho sangue num eclipse conjunto ao Nodo Norte. Do outro lado, em Aquário, estão o Sol, Vénus e o Nodo Sul. Os eclipses finalizam ciclos e abrem-nos novos caminhos, eles alteram o rumo dos acontecimentos ou marcam o momento em que uma nova direcção se torna irreversível. Se tens algum planeta ou ângulo do teu mapa natal perto dos 11° dos signos fixos, provavelmente sentirás na pele as consequências deste eclipse. Mesmo que as mudanças ainda não sejam visíveis, presta atenção ao que está a mudar aí dentro, porque em breve essa mudança estará perceptível e à vista de todos e aí já não haverá volta atrás. Na Lua Cheia os nossos condicionamentos, o nosso passado, padrões emocionais são iluminados pela consciência do Sol. A Lua em Leão procura a atenção e a admiração dos outros, tem queda para o drama, mas não gosta de fazer má figura ou de mostrar vulnerabilidades e fraquezas. O Sol em Aquário quer estar em grupo e participar do colectivo, mas quando se sente fora de contexto, desenquadrado pode assumir uma atitude de rebeldia e entrar em choque com a comunidade. Por um lado quero brilhar e ser visto, por outro, tenho medo do ridículo, de não ser aceite e de ficar à margem. Mas aquilo que me diferencia, que me torna estranho e bizarro aos olhos dos outros, é precisamente o que me distingue, o que me torna único. E a expressão da minha verdade, dos meus talentos, da minha criatividade é necessária ao mundo, é para isso que aqui estamos todos, para contribuir com a luz própria de cada um para o colectivo. É apenas o meu receio da não aceitação, da exclusão, de ficar de fora, que me inibem de expressar a minha verdade, de mostrar o meu brilho. Ao eclipsar-se, a Lua afasta também os tais condicionamentos, os medos que me impedem de mostrar quem sou. Mas mostrar-me sem máscaras e sem edição, fazer ouvir a minha voz por muito desafinada que ela possa soar, exige coragem e generosidade isso esta Lua em Leão tem de sobra. Só que agora já não é pelo aplauso, pela carência de atenção ou pelo orgulho que eu me mostro, agora mostrar a minha luz é tão simplesmente a minha única opção, o meu único caminho. O julgamento da sociedade, a discriminação, o isolamento já não me afligem, porque não é por mim que vou para o palco. Estou apenas a dar corpo a algo maior que eu, estou apenas ser o veículo da luz que trago no meu coração e que já não posso mais esconder. E é aqui que voltamos a Aquário, ao colectivo, porque afinal mostrar o meu brilho, mostrar a minha essência também pode servir a comunidade, desde que eu o faça de forma genuína e desinteressada e como expressão da minha verdade interior. Marianne Williamson fala-nos disto neste texto: “Todos nós nascemos para brilhar como as crianças. Nascemos para manifestar a Glória de Deus que está dentro de nós. Não está apenas em alguns de nós, está em todos nós. E quando permitimos que a nossa Luz brilhe, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo.” Que talento gostarias de revelar, mas não fazes por medo de parecer esquisito? Que verdade precisas que se saiba, mas não a dizes para não incomodar os outros? O que é queres dar ao mundo que é tão pessoal que tu acreditas que também seja intransmissível? Faz! Diz! Dá! Agora! Quer queiras, quer não queiras, a vida empurra-te para a frente, para um futuro maior do que este presente, um futuro onde cabe a tua esquisitice e a tua originalidade. Quer queiras, quer não queiras, a vida empurra-te para um futuro onde é necessária toda a luz que trazes no teu coração. É teu direito e teu dever partilhá-la connosco. |
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