Na próxima segunda-feira, dia 3 de Junho, às 11h01, hora de Lisboa, 7h01 em Brasília, a Lua e o Sol encontram-se nos 12° de Gémeos para uma troca de pensamentos. Este é um signo mental que procura juntar ideias para depois as voltar a distribuir pelos outros, ele gosta de ligar informação e de brincar com as palavras. Gémeos é um signo jovial, ágil e nervoso, é o Ar em movimento. Esta Lua Nova é muito favorável para pormos as nossas ideias em prática e para as tornarmos proveitosas a longo prazo. Mas também existem algumas armadilhas no caminho. Os dois luminares aproximam-se de uma oposição com o gigante Júpiter em Sagitário e de uma quadratura com Neptuno, o planeta da ilusão e do nevoeiro, em Peixes, activando a quadratura entre estes dois últimos, presente durante grande parte deste ano. A inquietação de Gémeos e a sua necessidade de mudança são confrontadas com uma falta de visão do futuro, uma incógnita quanto à direcção a seguir. De outra forma, podemos achar que sabemos muito bem o que queremos e para onde vamos para, mais à frente, percebermos que afinal era tudo uma grande miragem. Talvez a melhor forma de aproveitar este aspecto seja juntar o máximo de informação e de dados necessários à decisão do próximo passo e esperar pela Lua Cheia, que trará alguma clarificação para o nosso percurso. Apesar desta falta de orientação, chega-nos algum enraizamento do trígono bastante apertado que Vénus forma com Plutão em signos de Terra. A deusa da beleza e da prosperidade está em Touro, onde é rainha e senhora e onde os seus atributos são celebrados. Neste signo, Vénus é carta III do Tarot, a Imperatriz, vestida com sedas e veludos, cheirosa com a essência de flores e com uma atitude generosa e benévola. Esta é a Vénus da forma, da matéria e da abundância. O contacto com Plutão em Capricórnio intensifica e amplifica as suas qualidades, a sua habilidade de gerar recursos e riqueza e a sua capacidade de atracção e de sedução. Saturno, que está conjunto a Plutão em Capricórnio, também participa neste processo e promete durabilidade e estrutura proporcionais ao esforço aplicado. Precisamos estar muito atentos porque “nem o que reluz é ouro”, mas, se formos realistas, responsáveis e tivermos o nosso sentido prático bem alinhado, este é um bom momento para investir num relacionamento ou num negócio. Em Caranguejo, Marte começa a formar uma oposição a Saturno e mais tarde fará o mesmo aspecto a Plutão. O planeta guerreiro vê o seu ímpeto amolecido pela água de Caranguejo e perde a sua frontalidade e firmeza, mas no território da Lua são as nossas emoções que se tornam a nossa força. Atitudes autoritárias e intransigentes encontram resistência no nosso impulso de defender quem nos é mais próximo e querido e sentimos que precisamos de nos proteger contra alguma ameaça de um poder opressivo e arrogante. Por outro lado, podemos ser obrigados a pôr limites claros e inexoráveis a algum tipo de agressividade passiva ou invasão camuflada de boas intenções. O Nodo Norte está em Caranguejo, ao lado de Marte, e indica-nos que a direcção é a dos afectos e há que deixar para trás atitudes rígidas e intolerantes que apenas servem para criar mais separação e clivagem num ambiente colectivo já tão magoado e reprimido. Por um lado um ambiente de inquietação, confusão e tensão, por outro uma oportunidade de criar abundância e cimentar relações duradouras. Onde é que estou a investir a minha energia? Será que é realista aquilo que idealizo para mim e para minha vida? O que é que me faz sentir seguro e confortável a nível físico e a nível emocional? Quais das minhas lutas são realmente necessárias e quais são as que travo contra moinhos de vento? Este mês, no meio de tanta informação e desinformação, precisamos ter cuidado com os nossos passos e com as pessoas que encontramos pelo caminho, pois nem sempre aquilo que parece é. Mas, se avançarmos com os olhos abertos e os pés bem firmes no chão, o prémio pode ser bastante compensador.
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Durante a última lunação aconteceram algumas mudanças sintomáticas da entrada de Urano em Touro. De uma forma ou de outra, seja a partir de dentro, seja a partir de fora, muitas pessoas estão a ser empurradas a modificar a sua relação com aquilo que chamam de “seu chão” e a encontrar soluções mais sustentáveis. Uns preparam-se para mudar de cidade com o objectivo de melhorar a sua qualidade de vida, outros abriram o seu espaço ao público, outros ainda chegaram à conclusão que não ter uma morada fixa pode ser uma solução mais leve e mais adequada às suas necessidades. Em todos os casos, a mudança, mais ou menos dramática, provocada pelo próprio ou por acontecimentos externos, implica a procura de respostas inovadoras (Urano) relativamente ao seu território e à sua sustentabilidade (Touro). Na próxima quarta-feira, dia 13, a Lua encontra o Sol para lhe falar ao ouvido. O encontro é 20h43, hora de Lisboa, ou 16h43, em Brasília, nos 22° de Gémeos, o signo de Ar mutável que brinca com as palavras e com as ideias. O segredo que a Lua conta ao Sol é que precisamos sentir aquilo que dizemos, senão as palavras perdem o significado. Depois da ventania das últimas semanas, a brisa de Gémeos vem ajudar-nos a respirar e a ouvir o que temos dentro de nós. Os dois luminares não fazem contactos relevantes com outros planetas e os poucos aspectos que formam são separativos e com um afastamento já bem largo. Estão assim por sua própria conta, com os eventos mais marcantes nas suas costas e pela frente um mês sem acontecimentos dignos de nota. Claro que as nossas vidas não param e todos temos as nossas tarefas, os nossos compromissos e os nossos contratempos, mas as próximas semanas serão mais calmas do que aquelas que passaram. Mercúrio, aquele que leva e traz a informação e os recados e gosta de fazer conversa fiada, é quem alberga esta Lua Nova. Apesar de estar perto das duas luzes, ele afasta-se da conjunção ao Sol e já segue no signo de Caranguejo. Nas águas cancerianas este planeta mostra-se menos falador e aquilo que pensa e que eventualmente possa dizer está mais ligado ao sentimento e mais sujeito à instabilidade das emoções. Apesar da criatividade presente nas ideias, a oposição de Mercúrio ao sério Saturno torna a comunicação ainda mais cautelosa e defensiva e é importante ser impecável com a palavra para evitar mal-entendidos. Urano também está em aspecto a Mercúrio e compensa esta tensão com uma mente rápida e bastante intuitiva. As respostas vêm de dentro, de compreendermos as nossas emoções e as nossas necessidades de segurança e de pertença. Por isso, a comunicação sugerida pelo signo de Gémeos deve ser feita internamente, connosco mesmos. Durante estas semanas podemos aproveitar para nos lembrarmos de respirar devagar e profundamente, como fazem os bebés quando dormem. Neste ritmo de inspiração-expiração, vamos trazendo uma nova luz sobre o que se passou nas últimas semanas e vamos acomodando as mudanças que já aconteceram e aquelas que ainda estão a acontecer. Na próxima lunação o clima aumenta de intensidade e será vantajoso partirmos deste ponto de clareza e lucidez. Nas últimas semanas, apesar do ritmo instável e mesmo quando a impulsividade parecia o caminho mais óbvio, a paciência e a tranquilidade revelaram-se a melhor escolha para quem quer seguir em frente. Com a lunação de Gémeos, que se inicia amanhã com a Lua Nova neste signo, o ambiente fica um pouco mais extrovertido, mas também com tendência a alguma dispersão mental. A Lua encontra-se com o Sol na quinta-feira, dia 25, às 20h44 de Portugal, 16h44 hora do Brasil, aos 4° de Gémeos. Este é o primeiro signo de Ar e desperta o nosso lado mental, a nossa curiosidade e a nossa capacidade de assumir vários pontos de vista. Como na Lua Nova anterior, os dois luminares não fazem aspectos maiores com outros planetas. As nossas opiniões não encontram o eco que gostaríamos, tornando os diálogos, internos e externos, ruidosos e insistentes, mas pouco produtivos. A nossa mente distrai-se com qualquer pequena coisa e facilmente o nosso foco se desvanece. O anfitrião desta Lua Nova, o diligente Mercúrio encontra-se em Touro, o que significa que ainda vamos sentir a energia taurina, com o seu sentido prático e ritmo lento, durante as próximas duas semanas, até quase à Lua Cheia. As ideias que surgem não são tanto para serem examinadas pela nossa mente ou comunicadas aos outros, mas sim para serem executadas, com simplicidade e serenidade, de forma a tornarem-se palpáveis para que possamos perceber o seu valor prático. Quando nos sentirmos a perder o foco, podemos simplesmente passar a outra ideia/tarefa, correspondendo à procura de variedade de Gémeos, mas sem quebrar a produtividade necessária a Touro. Outra forma de canalizar a actividade mental é passar para a escrita aquilo que nos vai na cabeça. Escrever é uma forma de organizar os pensamentos e de lhes dar raízes. Mercúrio aplica-se a um sextil com Neptuno em Peixes ajudando a trazer mais aceitação para as nossas opiniões e para o nosso discurso e mais compaixão para os nossos gestos. Os dois planetas formam um yod, o dedo de Deus, que aponta para Júpiter em Balança, oferecendo um desafio, mas também um propósito claro para as habilidades implícitas naquele sextil. Colocar um amor maior em cada palavra e em cada movimento na direcção do outro, sem julgamento e sem expectativa, faz com que os relacionamentos cresçam e porque crescem fazem-nos acreditar na harmonia e na beleza das relações humanas, ampliando um sentido de justiça e equidade entre nós e os outros. O aspecto mais exacto desta lunação é a quadratura que Vénus em Carneiro forma a Plutão em Capricórnio. Vénus, que também nos fala de relacionamentos e do valor que damos às coisas, neste signo torna-se directa e impulsiva e, em tensão com Plutão, a tendência é trazer à superfície questões de poder e controlo latentes nas relações. Manter a individualidade pode ser benéfico para todos, mas querer fazer as coisas à nossa maneira ou querer estar numa relação como se estivéssemos sozinhos não vai dar bom resultado. O que está mal vai ficar pior, podendo mesmo rebentar de vez, mas o que está estável e seguro pode passar a outro nível de solidez e confiança. Além da Lua e do Sol, o competitivo Marte também está em Gémeos, mas encontra a oposição de Saturno em Sagitário, activando o trígono deste último com Urano. Isto reforça os bloqueios na comunicação, a intransigência e a inflexibilidade das convicções. Precisamos correr o risco de abrir a mente a ideias novas e originais e de dar espaço às ideias dos outros por muito estranhas que nos pareçam, afinal a verdade não é exclusiva de ninguém. Se fizermos do debate um campo de batalha, não estaremos a aproveitar a ponte que Saturno e Urano abrem entre as nossas crenças e a nossa autenticidade. Estamos dispersos, com a cabeça a mil e os pensamentos soltos. Mas qual a voz que ouves quando tudo está em silêncio? Qual é a tua última palavra? Agora traduz essa voz e essa palavra em acções e em gestos. Sem julgamento, sem justificações nem argumentos, apenas pequenos movimentos de dentro para fora. Afinal as ideias apenas têm valor quando são postas em prática. Começa agora a fazer o que pensas, o que acreditas e o que és. Nos últimos quinze dias os acontecimentos têm-se precipitado e muita coisa está a acontecer à nossa volta, mas também dentro de nós. A Lua Nova deste mês vem formar o quarto braço de uma grande cruz nos signos mutáveis e marca o ponto alto da quadratura T entre Júpiter em Virgem, Neptuno em Peixes e Saturno em Sagitário. Nos signos deste modo a energia dos elementos dispersa-se e multiplica-se, é irrequieta e instável, e por isso pede-nos síntese e integração. Sol e Lua têm encontro combinado nos 14° de Gémeos, na madrugada do próximo domingo, às 4h00 de Portugal e 0h00 do Brasil, e trazem-nos o desafio de permanecermos centrados e enraizados enquanto acompanhamos as voltas que a vida nos dá. Bem perto dos luminares, numa conjunção bastante apertada no versátil signo de Gémeos, está Vénus, o planeta dos relacionamentos. É o momento de dizer o que sentimos, comunicar a partir do nosso centro, mas também de abrir espaço ao outro para que possa fazer o mesmo e procurar entender o seu ponto de vista. O responsável e rígido Saturno opõe-se a estes três planetas desde Sagitário e, nesta conversa, uma das pessoas pode tornar-se inflexível na sua verdade, endurecendo o diálogo. Mas ser fiel a si próprio não implica fecharmo-nos à mudança que pode vir da troca de ideias, significa, sim, saber reconhecer os nossos princípios e separar o que é o fundamental do que é supérfluo. E honrar os nossos compromissos não tem que ser um esforço ou uma obrigação, não tem que ser feito por dever ou por medo do castigo. Honrar compromissos serve para estabelecermos relações sólidas, de confiança e de responsabilidade, onde a nossa própria estrutura e o nosso chão nos ajudam a chegar até ao outro. O eixo Gémeos/ Sagitário, ligado pela oposição entre Sol, Lua e Vénus, no primeiro signo, e o sério Saturno, no segundo, é cortado por outro eixo formado por Júpiter, em Virgem, oposto a Neptuno, em Peixes, cada um destes planetas em tensão com o simpático trio em Gémeos. Podemos ter tendência ao julgamento e a perdermo-nos em detalhes e contabilidades sem importância alguma. Por outro lado, podemos preferir meter os óculos cor-de-rosa e ignorar os problemas e as angústias, ou ainda distorcer a mensagem, deixando-a propositadamente vaga e confusa. Mas a comunicação pode ser auxiliada por estas duas forças se tivermos a humildade de usar a empatia, a tolerância e a vulnerabilidade em vez do rigor e da razão. Quem acolhe esta Lua Nova, é o versátil Mercúrio que se encontra em Touro, um signo demorado e paciente, que abranda o processamento das frenéticas mudanças que vão acontecendo em nós e ao nosso redor. Assim estaremos a funcionar em dois ritmos, um mais rápido e inconstante e outro mais lento e menos visível, com toda a inadequação e desajuste que isso implica. Por um lado, sentimos que está tudo a acontecer a uma velocidade relâmpago, por outro, parece que, apesar das reviravoltas, não saímos do mesmo lugar. Mercúrio opõe-se a Marte retrógrado em Escorpião e forma ainda um grande trígono de Terra com o sábio Júpiter, em Virgem, e com o denso Plutão, em Capricórnio. Nas conversas vão surgir assuntos difíceis, relacionados com dinheiro, sexualidade ou medos, assuntos que até agora temos mantido secretos ou, simplesmente temos conseguido evitar, mas que se tornam incontornáveis. O que vem à superfície são antigos fantasmas, que já não pertencem a este lugar onde agora nos encontramos e aparecem precisamente para serem desconstruídos, limpos e curados, pois já não há espaço para padrões antigos nesta nova realidade que começamos a viver. Este não é o tempo para tomar grandes decisões ou para definir novos rumos. Se insistirmos em correr, acabaremos por perceber que estivémos a andar em círculos. É, sim, o momento para conhecer este novo sítio onde nos encontramos e perceber o que é realmente importante e estrutural em nós, o que nos ergue e eleva, e o que é dispensável, o que nos pesa e nos mantém presos a um passado que já não existe. Onde estou eu no meio deste turbilhão? Quem sou eu se, para atender a tudo e a todos, tenho de ser tantos ao mesmo tempo? Onde é o meu centro, o meu lugar? É a partir daqui, deste centro, que saímos da periferia da nossa vida e estaremos assim disponíveis para, passinho a passinho, seguir adiante, para um futuro que já se faz presente. |
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