A lunação anterior, com dois eclipses a intensificarem o seu efeito, trouxe-nos uma crise de fé, com os seus dois eclipses a intensificar um estado mais sombrio e dorido, apenas para nos lembrar que somos bem menos do achamos e bem mais do que acreditamos. Mas este mês vem amenizar o ambiente e trazer uma lufada de ar fresco e de esperança. Lua e Sol encontram-se este mês aos 8° de Balança, à 1h12 de sábado, dia 1 de Outubro, em Portugal e às 21h12 de sexta-feira, dia 30 de Setembro, no Brasil. Esta lunação vem favorecer as parcerias, qualquer que seja a sua natureza. Assim, todos os projectos que assentem na cooperação e no trabalho de equipa têm condições propícias para o crescimento e expansão. Alianças e compromissos firmados agora prometem ser benéficos para ambas as partes e são assentes em valores sólidos e com perspectiva de longevidade. Claro que os relacionamentos de casal também vão aproveitar do clima de jovialidade e optimismo, até porque ele vem temperado com algum romantismo e muita paixão. Mas é importante ter alguma atenção com lutas de poder. Ao querermos definir o nosso espaço pessoal, podemos ter tendência a entrar num braço de ferro que não beneficia nenhum dos lados. Pode até criar alguma rigidez e intransigência que não são nada saudáveis numa relação que se quer flexível para que possa haver lugar para a troca e para a harmonia. Se, por um lado, este mês lunar é favorável ao início de relações e parcerias, por outro, também pode trazer rupturas e cortes. Talvez sejam decisões que estavam a ser ponderadas ou planeadas há algum tempo, mas até agora faltou a coragem, ou talvez seja a noção de que se chegou a um nível tal de tensão que a situação deixou de ser sustentável. De uma forma ou de outra, este movimento é apenas o restabelecimento de um equilíbrio já esquecido. Inícios ou fins, compromissos ou rompimentos, o que quer que seja que aconteça será em nome do crescimento harmonioso de todos. Para que cada um de nós possa encontrar o caminho do meio, a justa medida da sua dualidade, com a confiança de que o outro também está a dar o seu melhor. Só desta forma conseguiremos encontrar o nosso próprio equilíbrio neste tem-te-não-caias que é a vida.
0 Comentários
Acontece daqui a pouco, às 12h de Lisboa e às 9h de Brasília, a Lua Cheia, que este mês vem acompanhada por um eclipse penumbral, nos 3° de Balança. Isto significa que, enquanto a Rainha se enche no signo da relação e o Sol brilha no signo da individualidade, Carneiro, a Terra vai projectar a sua sombra na superfície lunar, trazendo a oportunidade de espreitarmos o outro lado da Lua e de desvendarmos algumas respostas sobre os temas deste eixo zodiacal. Será que me vulnerabilizo o suficiente numa relação para conseguir estabelecer uma ligação de confiança e de partilha ou luto para afirmar as minhas ideias? Será que consigo manter a minha independência e as minhas opiniões num relacionamento sem me perder no outro ou estou mais disponível para ele do que para mim? Qualquer que seja o pólo desta equação onde me sinto mais confortável, o difícil é encontrar o equilíbrio entre relacionamento e individualidade. Para isso é essencial, por um lado, conhecer o meu centro, identificar a minha verdade e ter a coragem de arriscar ser eu mesma em frente ao outro. Por outro lado, é fundamental saber estar vazia, receptiva, ter a capacidade de me diluir no outro, sabendo que, na verdade, eu e o outro somos apenas reflexos distintos da mesma existência. Será que é possível ser inteira e completa e, simultaneamente, ter espaço dentro de mim para o outro? Esta noite, à 1h06 de terça-feira, dia 13, em Lisboa, e às 21h06 de segunda-feira, dia 12, em Brasília, acontece a união dos dois luminares aos 19° do signo de Balança. Este é o momento ideal para entregar as intenções para as próximas quatro semanas, especialmente se estas tiverem como foco o tema que já vem do último eclipse, a forma como vivemos as nossas relações. A Lua Cheia será no dia 27, às 12h05 em Lisboa e às 10h05 em Brasília, aos 3° de Touro e revelará a firmeza dos nossos propósitos. O próximo mês lunar vem mais calmo e mais sereno, mesmo a calhar para o rescaldo dos eclipses. A Lua junta-se o Sol no signo dos relacionamentos, Balança, e juntos fazem uma oposição muito apertada a Urano, o planeta da libertação e da diferenciação, no independente signo de Carneiro. Agora, depois do abanão que sentimos no último mês, começam a desenhar-se as respostas para algumas das questões levantadas pela ventania que passou nas nossas vidas: Será que conseguimos assumir os nossos compromissos de relacionamento, ou de qualquer tipo de aliança, sem ser necessário sufocar a nossa individualidade e sem diminuir a nossa liberdade? De que forma podemos integrar autonomia e compromisso, singularidade e partilha? O casal celeste faz também uma quadratura, ainda que já um pouco afastada, ao denso Plutão, que segue na sua lenta visita a Capricórnio. Tensões internas e questões de poder que se projectam nas parcerias ainda vão andar no ar, mas dissipar-se-ão em poucos dias, quando o Sol se distanciar deste aspecto tenso. Vénus, a elegante anfitriã dos dois astros reais, troca de domicílio com Mercúrio, a primeira em Virgem, o segundo em Balança, reforçando-se mutuamente. Na verdade, exceptuando Saturno e os planetas transpessoais, todas as outras personagens astrais se encontram divididas entre estes dois signos, atribuindo a esta lunação uma energia refinada e harmoniosa, disponível e cooperativa. Vénus, Marte e Júpiter no diligente signo de Virgem facilitam tarefas quotidianas, que implicam organização e discernimento e também ajudam a implementar novas rotinas mais eficientes e mais saudáveis. Marte e Júpiter já se separam da oposição a Neptuno, mas Vénus começa agora a formar esse mesmo aspecto e é importante conseguirmos sonhar alto, mas com os pés no chão, sem esforços desnecessários e lembrando-nos que é com pequenos passos que se faz uma grande viagem. O industrioso Marte e o idealista Júpiter no signo de Virgem tornam-se mais pragmáticos e cautelosos, no entanto, o trígono que ambos formam a Plutão, e ao qual Vénus se vai juntar no fim do mês, empresta-lhes força e intensidade. Esta é uma oportunidade de fazer acontecer e de implementar as tais novas rotinas mais eficientes e mais saudáveis. Vénus está ainda em tensão com Saturno e pode tornar-se demasiado crítica e exigente, mas lembre-se que feito é melhor que perfeito. O planeta da comunicação e das trocas, Mercúrio, está em casa de Vénus, na diplomática Balança, a fazer conjunção à Cabeça do Dragão e sextil a Saturno. Este posicionamento dá-nos a disciplina e a responsabilidade necessárias para integrar no dia-a-dia pequenas mudanças que nos irão aproximar de um futuro mais equilibrado e harmonioso. O Mercúrio em Balança apoiado pela estrutura moral do Saturno em Sagitário favorece também o diálogo e o reconhecimento do ponto de vista do outro e pode ajudar a estabelecer pontes e a encontrar a justa medida no confronto entre a individualidade de Urano e o compromisso de Sol e Lua em Balança. Depois da intensidade dos dois eclipses nas últimas semanas, este mês apresenta-se mais calmo e ponderado e oferece-nos a oportunidade para assentarmos os pés no chão e finalmente olharmos com atenção para o que estamos a fazer no nosso quotidiano. É o momento para alinharmos o nosso comportamento diário com as nossas intenções a longo prazo e podemos aproveitar o balanço do último eclipse para dar continuidade ao processo de integração da nossa autonomia e da nossa independência com os compromissos e as alianças que estabelecemos com o outro, procurando o equilíbrio certo entre os dois lados. |
Apoiar o meu trabalho:
Categorias
Tudo
Arquivo
Fevereiro 2024
|